sábado, 20 de fevereiro de 2010

Em sua estreia no clássico mineiro, Luxemburgo desafia retrospecto de Adílson Batista 20/02/2010 - 07h01

Vanderlei Luxemburgo diz que não quer ser julgado pelo resultado do Atlético-MG neste clássico
Adilson Batista busca sua nona vitória em jogos contra o Atlético-MG, em seu 12º clássico


Gustavo Andrade e Bernardo Lacerda
Em Belo Horizonte e Vespasiano (MG)




O clássico mineiro deste sábado, às 17h (horário de Brasília), no Mineirão, colocará em confronto treinadores com histórias distintas no principal encontro de equipes mineiras. Enquanto Vanderlei Luxemburgo comanda o Atlético-MG pela primeira vez diante do Cruzeiro, Adilson Batista parte para seu 12º clássico mineiro.


O treinador cruzeirense contabiliza oito vitórias diante do arquirrival, além de dois empates e uma única derrota. Vanderlei Luxemburgo será o sexto treinador que Adilson Batista enfrenta em clássicos mineiros. O currículo vitorioso do comandante atleticano é motivo de alerta. “Ele está na história pela contribuição, é um vencedor e temos de ter atenção”, avaliou Adilson.
Já Luxemburgo terá a missão de pôr fim à hegemonia celeste no clássico mineiro. Há três anos a equipe atleticana não vence o adversário celeste em jogos válidos pelo Estadual. A última vitória do Atlético sobre o Cruzeiro pelo certame aconteceu no primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro de 2007. Na ocasião, o alvinegro goleou o arquirrival por 4 a 0, no Mineirão, em resultado que o deixou perto do título daquela edição e que foi confirmado no jogo da volta. Entretanto, desde então, foram seis encontros, com quatro triunfos celestes e dois empates.
Com dez títulos estaduais no currículo, Vanderlei Luxemburgo afirma que uma vitória no clássico mineiro não será determinante para o decorrer de sua trajetória no Atlético. “Se você pegar a minha história no futebol ela não se resume ao clássico, a trabalho. Se preocupa muito com o clássico, se vai ganhar, se vai perder. Mas na minha história, 80% de vitórias, de conquistas”, disse.
O treinador destacou que prefere sair perdedor de um clássico e conquistar títulos. “Se eu ganhar um clássico e não ganhar um título não vai adiantar, então você mede a capacidade do profissional pelo tempo de produtividade no mercado. Estou há 20 e tantos anos trabalhando com mais de 80% de conquistas, isso sim. Posso ter perdido alguns clássicos, mas consegui vitórias importantes e títulos, que para mim são muito mais importantes”, destacou Vanderlei Luxemburgo.
Com passagem pelo Cruzeiro entre 2002 e o início de 2004, Luxemburgo disputou quatro clássicos contra o Atlético. Depois de ser derrotado no Brasileirão de 2002, o treinador não perdeu nenhum dos três encontros no ano seguinte, com duas vitórias e um empate.
Mesmo que vença o Cruzeiro neste sábado, o Atlético não ultrapassará o rival. Terceiro colocado do Mineiro, com nove pontos, quatro a menos que o líder Democrata-GV, o time celeste tem três vitórias na competição, enquanto o a equipe alvinegra, sexta colocada, com seis pontos, venceu apenas uma vez, o Tupi, por 3 a 2, pela segunda rodada do certame. Dessa forma, ainda que seja derrotado pelo seu tradicional rival, o time celeste continuará à frente pelo critério número de triunfos. Uma vitória levará o Cruzeiro à vice-liderança.
Clima de mistério
Dos dois lados, os treinadores escondem as escalações que colocarão em campo. Adilson Batista adotou a estratégia de costume e impediu o acesso da imprensa aos treinamentos táticos que comandou na Toca da Raposa II. O treinador cruzeirense já afirmou que deve levar força máxima ao clássico, embora o Cruzeiro tenha compromisso pela Copa Libertadores na quarta-feira, diante do Colo-Colo, no Mineirão.
Adilson Batista terá os desfalques de Wellington Paulista, expulso na vitória por 2 a 0 sobre a Caldense no último sábado, e Guerrón, que sofre com uma forte gripe. Para o clássico, o treinador cruzeirense relacionou pela primeira vez o meia Roger, contratado no princípio de fevereiro.
Já Vanderlei Luxemburgo possibilitou que os jornalistas acompanhassem os treinamentos que orientou na Cidade do Galo. O treinador atleticano, entretanto, não adiantou qual será a formação que iniciará a partida. A principal dúvida está entre a manutenção do esquema com três atacantes: Diego Tardelli, Muriqui e Obina, ou a entrada do meia Renan Oliveira na vaga de Obina, numa formação mais conservadora.
Nas duas oportunidades em que optou pelo esquema com três atacantes, Vanderlei Luxemburgo viu o Atlético sair de campo com apenas um ponto. Foi assim nos empates com Ipatinga e Uberaba, em 1 a 1 e 2 a 2, respectivamente, nas duas últimas partidas do Estadual.
Certo é que o treinador atleticano não poderá contar com o zagueiro Cáceres, suspenso pela expulsão no último jogo e o volante Zé Luís, que sofreu um estiramento na panturrilha direita. Para essas vagas, Luxemburgo recorrerá a dois titulares da última temporada, o zagueiro Werley e o volante Jonílson.

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