sábado, 20 de fevereiro de 2010

Nada de violência! (20/02)

Antônio Melane - Estado de Minas
Paulo Galvão - Estado de Minas

A ressaca de carnaval não vai impedir que atleticanos e cruzeirenses compareçam ao Mineirão e incentivem suas equipes no clássico de hoje. Mesmo interrompida pela folia de Momo, a venda antecipada de ingressos até ontem foi razoável e somou 29.472 bilhetes (12.623 dos atleticanos e 16.849 dos cruzeirenses). A sede de Lourdes, para a torcida do Atlético, e o ginásio do Barro Preto, para a do Cruzeiro, estarão abertos hoje, das 9h às 12h. No estádio, haverá venda até a hora do jogo. Mais uma vez o desejo é que a grande rivalidade entre os clubes se restrinja às quatro linhas. Para reafirmar isso, as duas equipes vão entrar juntas pelo túnel central, usando camisas com frases pedindo paz. O desejo dos profissionais é fazer uma grande festa no Mineirão. “A torcida do Atlético pode comprar ingressos, comparecer, pois vai ver uma equipe aguerrida. Não podemos perder a sintonia entre o time e os torcedores”, disse o técnico do Atlético, Vanderlei Luxemburgo, ao ser indagado sobre o fato de os alvinegros estarem comprando menos entradas que os celestes. Este será o primeiro clássico com o Cruzeiro no comando do Galo e, como vem fazendo desde que chegou ao clube, em dezembro, Luxemburgo voltou a ressaltar a importância da massa para que a equipe conquiste a vitória: “Volto a dizer: a torcida não é o 12º jogador do Atlético, é o nosso centroavante, nos ajuda a fazer gol. Então, tem de ir, incentivar, apoiar do começo ao fim para que a gente saia vencedor”. O comandante cruzeirense, Adílson Batista, adota discurso parecido. “Nós, profissionais, temos de evidenciar o dia a dia para chegarmos aos nossos objetivos e o torcedor pode fazer o que julga importante para abrilhantar o espetáculo, principalmente nos clássicos, devido à rivalidade”, destacou ele, que já comandou a Raposa em 11 clássicos contra o Galo desde 2008, obtendo oito vitórias, dois empates e apenas uma derrota. PROVOCAÇÕES MÚTUAS Mesmo que o jogo de hoje não seja decisivo, torcedores preparam provocações aos rivais. Os cruzeirenses prometem levar flanelas ao Mineirão, numa alusão ao fato de o Galo, no Brasileiro do ano passado, ter “guardado a vaga” da equipe celeste na Copa Libertadores. Os atleticanos prometem contra-atacar com músicas especialmente compostas para a ocasião. Para os jogadores, isso é normal e faz parte do futebol, devendo ficar no âmbito da brincadeira, nunca derivando para a violência. “O torcedor vai para o estádio com a intenção de zombar do outro, temos de respeitar suas manifestações e, principalmente, os adversários, fazendo o melhor para chegar à vitória”, afirmou o volante cruzeirense Marquinhos Paraná.

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