quinta-feira, 21 de abril de 2011

Clássico Um ano depois



Irênio e Leandro Ferreira tentam tomar a bola de Renan Oliveira no clássico de 2010
Em 4 de abril de 2010, Coelho e Galo fizeram o jogo de ida das quartas de final. Agora se reencontram pelas semifinais. O primeiro manteve a base, mas o segundo mudou demais
Paulo Galvão - Estado de Minas
Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:21/04/2011 09:12
Atualização:21/04/2011 10:11
A exemplo do ano passado, América e Atlético voltam a se enfrentar domingo, às 16h, na Arena do Jacaré, pela fase de mata-mata do Campeonato Mineiro, com a promessa de dois confrontos equilibrados e emocionantes. Na última edição do Estadual, as duas equipes mediram forças nas quartas de final, em 4 e 7 de abril de 2010, e o time alvinegro seguiu adiante na competição aproveitando-se das vantagens previstas no regulamento por ter feito melhor campanha na fase inicial, podendo jogar por dois empates ou por empate e derrota por mesma diferença de gols (na ocasião, houve igualdades por 3 a 3, no Mineirão, e 2 a 2, no Ipatingão).
Agora, americanos e atleticanos travarão disputa por vaga na decisão do Estadual e a situação se repete, pois o alvinegro novamente fez melhor campanha. Porém, uma coisa está bem diferente: enquanto o Coelho manteve a base daquela ocasião, quando já era comandado pelo técnico Mauro Fernandes, o Galo conviveu com inúmeras mudanças no grupo, trocou de treinador e entrará em campo com equipe muito diferente de pouco mais de um ano atrás.
De volta à Primeira Divisão nacional, o América faz o possível para manter os titulares da última temporada. Por causa da campanha de destaque na Série B do Brasileiro, no segundo semestre do ano passado, as negociações foram facilitadas a ponto de o clube segurar os principais jogadores, apesar de várias propostas para o zagueiro Gabriel Santos, o lateral-esquerdo Rodrigo, os volantes Dudu e Leandro Ferreira e o atacante Fábio Júnior.
Do time que empatou com o Atlético por 3 a 3, no Gigante da Pampulha, somente os laterais Danilo e Zé Rodolpho e os atacantes Ulisses e Laécio não estão mais no clube. Principal revelação alviverde, Danilo foi negociado com o Santos por cerca de R$ 3 milhões e deixou o Coelho antes do Mundial da África do Sul. Hoje, é titular do Peixe, conquistou a confiança do técnico Muricy Ramalho e já tem no currículo o título do Sul-Americano Sub-20 com a Seleção Brasileira, em janeiro, no Peru. Com boas atuações, Marcos Rocha assegurou a posição de titular no Coelho e manteve as grandes atuações – não jogará domingo, por força de contrato.
Artilheiro do Mineiro deste ano, com 13 gols, o atacante Fábio Júnior não participou do primeiro jogo entre as equipes em 2010, pois estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Laécio, atualmente no Santa Cruz, substituiu o goleador e até balançou as redes para o Coelho (Danilo e Rodrigo marcaram os outros).
Mudança profunda
Já o Atlético passou por grande transformação. Dos 14 jogadores que participaram do jogo de ida das quartas de final em 2010, só um será novamente titular, o armador Renan Oliveira. Assim mesmo, como tantos outros, ele também deixou o clube, emprestado ao Vitória, e só retornou na reta final do Campeonato Brasileiro.
O jogador, aliás, interessou ao Coelho no passado, mas a negociação não evoluiu. Ele chega ao clássico bastante motivado, não só por ter marcado dois gols na goleada por 7 a 1 sobre o América-TO, domingo, mas, principalmente por ter conseguido mostrar sua qualidade em campo.
Se Renan Oliveira está em alta, os outros dois atletas que atuaram naquela ocasião que permanecem no clube agora são reservas: o zagueiro Werley e o lateral-esquerdo Leandro, que perderam a posição para Leonardo Silva e Guilherme Santos, respectivamente. Os demais deixaram o Galo, alguns logo depois da conquista do título mineiro, como o lateral-direito Coelho e os volantes Carlos Alberto e Jonílson, ambos liberados, e o atacante Muriqui, negociado com o futebol chinês. O próprio técnico Vanderlei Luxemburgo não resistiu à má campanha no Brasileiro e foi substituído por Dorival Júnior, que segue no comando.
Outros saíram no fim da última temporada, como o goleiro Aranha, o zagueiro Cáceres e o volante Fabiano e. Houve ainda os que começaram 2011 no clube, mas não permaneceram, caso do armador Ricardinho, dispensado, e do atacante Diego Tardelli, negociado. Obina não participou da partida de 4 de abril de 2010 por ter se contundido seriamente três dias antes, em confronto com a Chapecoense, pela Copa do Brasil.

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