sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sempre sobra pra ele

Em má fase e criticado pela torcida e parte da imprensa, Ricardo Bueno conta com o apoio de Dorival Júnior, sendo opção no ataque alvinegro
Ludymilla Sá - Estado de Minas
Publicação:29/04/2011 07:00
Domingo. Primeiro jogo da semifinal do Campeonato Mineiro. Aos 34min, o atacante Ricardo Bueno é substituído por Neto Berola e, entre vaias e manifestações dos torcedores, um detalhe no clássico Atlético e América chama a atenção. O técnico Mauro Fernandes, do Coelho, aplaude o jogador: “Bueno, força! Não abaixa a cabeça, não. Você é bom!” Elogiado pelo treinador adversário e apoiado por Dorival Júnior, ele chegou ao Galo com o aval de Vanderlei Luxemburgo, ano passado. É pretendido até por Felipão. Mas não tem dos torcedores a mesma confiança e vive uma das piores fases da carreira.
Com tantas contusões de atacantes, saída de jogadores e a impossibilidade, no momento, de lançar Guilherme, uma posição no ataque alvinegro sempre acaba sobrando para ele. Mas Bueno, ainda não apresentou no Galo um terço do que fez no Paulista’2010, quando foi artilheiro pelo Oeste. Este ano, ele jogou 11 partidas com a camisa alvinegra. Foi titular em sete delas e marcou quatro gols. Por causa disso, tem sofrido com a insatisfação da massa e exacerbadas críticas da imprensa.
Poucas foram as vezes em que Ricardo Bueno entrou ou saiu de campo sem ser vaiado. Mas um jogador que é admirado pelos melhores técnicos do futebol brasileiro não pode ser tão ruim assim. E é justamente nisso que o atacante se apega. Ele admite estar aborrecido, mas jamais pensou em deixar o Galo. “Eu me sinto marcado pela torcida. Fico sim, bastante chateado, mas nunca pensei em pegar o boné. Pelo contrário. Só penso em trabalhar cada vez mais para tentar agradar ao torcedor, que quer ver gols. Mesmo com as críticas, os grandes treinadores me conhecem e isso me deixa muito feliz. E me motiva, pois eles sabem do meu potencial e me ajudam a mudar essa situação.”
No Galo, ele tem o apoio não só de Dorival Júnior, mas de toda a comissão técnica e dos demais jogadores para superar a fase difícil. “É complicado quando você já entra em campo com uma certa desconfiança, pois tem sempre que acertar tudo. Mas conto com o apoio dos meus companheiros e gosto de jogar no Atlético. O que tenho de fazer é trabalhar cada vez mais e confiar em mim, como sempre confiei.”
O atacante espera conquistar em breve a confiança da massa. Sabe que não será fácil. Mas vai se empenhar. E espera que seja logo, talvez diante do América, no jogo de volta das semifinais do Campeonato Mineiro, amanhã, às 18h30, em Sete Lagoas. Mas deve ser opção para o decorrer da partida.
RETORNO Nos treinos de ontem na Cidade do Galo, o artilheiro Magno Alves, recuperado de contusão na coxa direita, foi titular ao lado de Mancini. “Estou feliz por retornar aos treinamentos e com grandes chances de iniciar a partida contra o América”, afirma o atacante.
O volante Richarlyson, também recuperado de lesão, só que no joelho esquerdo, retorna. Mas é outro que deve ficar no banco de reservas. Durante as atividades, ele entrou na vaga de Giovanni Augusto. Já o zagueiro Werley está confirmado ao lado de Réver.
Indicado por Dorival Júnior, o volante Gilberto, do Marcílio Dias-SC, faz exames médicos e, se aprovado, deve ser apresentado hoje.

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