sexta-feira, 15 de abril de 2011

Aventuras alvinegras: história do Galo em estilo mangá



Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:15/04/2011 13:47
Atualização:15/04/2011 14:18
Contada muitas vezes em prosa e em verso, a centenária história do Atlético ganha nova versão, típica da globalização que marca o século 21: em quadrinhos estilo mangá. Lançada pela Editora BB e já nas bancas e livrarias nas versões livro capa dura e revista, a publicação aposta na técnica japonesa de desenhos, que caiu no gosto de crianças, adolescentes, jovens e também adultos de todo o mundo, para mostrar a pujança do Galo mais famoso do Brasil.
Para contar a gloriosa história alvinegra, Galo em estilo mangá parte do fictício encontro do garoto Lilico, cujo mascote é o galo Trivela, com senhor Bueno, responsável pela sala de troféus do clube. Cabe ao funcionário descrever em detalhes tudo o que ocorreu desde a fundação, em 25 de março de 1908, até os dias atuais, passando pelas principais conquistas, momentos valiosos, jogadores de destaque e a mística que envolve o Atlético e seus torcedores.
“Quisemos resgatar algumas passagens que estão na galeria de grandes feitos para o futebol nacional. Cada ano do clube, os primeiros títulos, os destaques internacionais, ou seja, tudo aquilo que levou o Galo a ter a força de hoje. Sabíamos que o enredo seria épico”, diz Rafael Sanches, diretor de criação e ilustrador-chefe do material.
Tanto o livro, de 80 páginas, que custa R$ 32,90, quanto a revista, em preto e branco e sem a linha do tempo atleticana, que sai a R$ 9,90, são edições especiais para colecionador, ou seja, sem previsão de continuação. A primeira iniciativa da editora nesse sentido foi em 2009, com o Timão em estilo mangá. No caso do Corinthians, houve desdobramentos, com a chegada ao mercado este mês de Bando de Loukinhos, que conta a vida de três crianças torcedoras do clube paulistano.
A opção pelo estilo japonês consagrado em todo o mundo, segundo os responsáveis, teve como objetivo atingir o público acostumado a essa linguagem, ou seja, os torcedores do futuro. “Ao perceber a falta de linguagem jovem e infantil nos clubes brasileiros, criamos essa ferramenta editorial, que cresce a cada novo projeto. O mangá, apesar de ser somente um estilo, também é tendência entre o público jovem, pois transmite traços e expressões marcantes, dando emoção igual ao que o torcedor tem pelo clube. No livro do Atlético, optamos pelo mangá porque a história proporcionava esse estilo”, afirma Sanches
FALA O ESPECIALISTA
A revista cumpre bem o papel de despertar o interesse do jovem leitor pela história do Galo. E faz isso de maneira bem leve, com roteiro ágil e eficientemente conduzido, sem textos maçantes. O destaque são os divertidos personagens centrais: Lilico, um menino que aspira ser jogador do time, e Trivela, seu galinho de estimação. Os desenhos em estilo mangá estão acima da média. Apesar de algumas escorregadelas em um momento ou outro, funcionam bem dentro do estilo. A bela capa foi bem cuidada. Pelo que pude notar, o colorista teve o devido e sábio cuidado de evitar qualquer tom azulado em sua composição. As ressalvas ficam para alguns tropeços na revisão dos textos e por a revista não ter sido lançada em cores. Mas a publicação vai bombar. (Quinho é chargista do Estado de Minas)

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