sexta-feira, 8 de abril de 2011

Atenção especial ao artilheiro

Sem poder atuar no Estadual, atacante Guilherme, que ainda não tem data certa para estrear com a camisa alvinegra, vem procurando aperfeiçoar a forma no CT
Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:07/04/2011 07:00
Com o nome publicado ontem no Boletim Informativo Diário Eletrônico (BID-E) da CBF, o atacante Guilherme já tem condições de defender o Atlético em competições nacionais. No Mineiro ele não poderá atuar, pois as inscrições se encerraram no fim do mês passado. A estreia, porém, ainda não tem data para ocorrer, pois ele continua aprimorando a forma física e até agora não realizou nenhuma atividade com o grupo.
Logo na apresentação, em 25 de março, o jogador destacou a necessidade de um período maior para readaptação ao futebol brasileiro. Afinal, tanto na Ucrânia quanto na Rússia, onde passou os últimos dois anos, os treinamentos são bem diferentes, tanto na parte técnica e tática quanto na física.
Esse, inclusive, foi um dos motivos que dificultaram sua adaptação ao Leste europeu. “Foi difícil entender a filosofia de trabalho do pessoal lá. Mas isso é passado e o importante foi me concentrar na minha qualidade”, afirmou Guilherme, que desde que chegou ao Galo vem recebendo atenção especial da comissão técnica.
Depois de realizar todos os testes físicos a que foram submetidos os jogadores alvinegros na pré-temporada, foram definidos os tipos de trabalho que ele realizaria. Com isso, vem alternando atividades no campo com exercícios na sala de musculação.
Os direitos de Guilherme foram adquiridos do Dínamo de Kiev por 6 milhões de euros. O Atlético pagou 60% do valor, com o restante sendo dividido entre o BMG (25%) e a Traffic (15%).
Ele é considerado a maior contratação do Atlético para a temporada e ganhou ainda mais importância depois da saída dos atacantes Obina, Diego Tardelli e Jóbson. A expectativa é que dê mais poder ofensivo ao time, cujo desempenho não vem sendo ruim, mas sempre pode melhorar.
CRÍTICAS Ontem, o volante Zé Luís, dispensado pelo Atlético, sábado, juntamente com o armador Ricardinho, reclamou da postura da diretoria e também da comissão técnica no episódio. Para ele, faltou diálogo e tudo poderia ter sido resolvido de outra forma.
“Retornamos de Presidente Prudente, sexta-feira, e me mandaram reapresentar sábado com roupa de concentração. Quando cheguei, fomos comunicados que não fazíamos mais parte do grupo. Perguntei ao Dorival (Júnior, técnico) o que ele tinha para falar comigo e ele disse que não tinha nada para falar, se limitou a dizer: ‘Acho que você e o Ricardinho estavam fazendo ondinha no grupo e por isso tomei essa decisão’. Eu acho que o treinador deveria ter chamado o presidente (Alexandre Kalil) e nos chamado para expor a opinião dele e, depois, nos dar direito de resposta. Ele tomou a decisão, falou com o presidente e expôs a gente”, argumentou o jogador, em entrevista ao site do Superesportes.
Um dos motivos de ter ficado magoado com a dispensa é que, há 15 dias, ele teria recebido proposta para se transferir para o futebol chinês. A negociação foi passada à diretoria, mas ficou acertado que ele permaneceria no Galo, onde pretendia encerrar a carreira.
O volante não poupa críticas à comissão técnica e debita na conta do treinador o mau momento que a equipe atravessou neste início de temporada. “De uns dias para cá ficou todo mundo preocupado, meio desconfiado, pois não existe um time titular, não se sabe quem será escalado no próximo jogo. Se você faz um jogo mais ou menos, no outro não fica nem no banco. Então, isso gera desconfiança. Não é nenhuma forma de querer derrubar o Dorival, pois o acho muito bom treinador e muito boa pessoa. Só acho que ele não agiu corretamente com a gente.”
Agora, Zé Luís pensa no futuro. Com propostas de Bahia e São Caetano, ele ainda não definiu onde vai jogar. “Num momento como este você fica até sem rumo, sem cabeça para conversar qualquer coisa, e pedi um tempo para todo mundo. Mas acho que logo nós vamos estar trabalhando novamente.”

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