terça-feira, 7 de setembro de 2010

Kalil se diz favorável à patrulha da torcida sobre os jogadores na balada


Segundo Kalil, 'não vai fazer mal se baladeiros levarem um cacete'
Diogo Finelli - Portal Uai

Publicação:07/09/2010 14:27


O presidente do Atlético, Alexandre Kalil, concedeu entrevista na última segunda-feira à Rádio Bandeirantes, de São Paulo, e não escondeu sua irritação com a situação do time no Campeonato Brasileiro. O Galo é o 17º colocado, com 17 pontos, e está na zona de rebaixamento da competição. Em 19 partidas, o time colheu 12 derrotas, e venceu apenas cinco vezes.
Perguntado sobre o ‘Disque Denúncia’, que foi reativado pela maior torcida organizada do Atlético, na semana passada, para vigiar a vida noturna dos jogadores, Kalil se mostrou favorável. “Quem paga o salário do jogador é a torcida. De uma forma ou de outra. Ou dos ingressos, ou do pay-per-view. Então, eles (jogadores) são pagos pela torcida, pela paixão do atleticano. Na situação em que o Atlético está, eles (torcedores) têm o meu apoio”.
Mais do que isso, o dirigente atleticano, mais uma vez, escancarou o seu lado torcedor, e disse até mesmo que aprova uma atuação mais firme dos torcedores. “Se quiserem virar a mesa, chamar a polícia, fazer o que for... Quando o time é líder, está ganhando, tudo bem. Nesse momento, a atitude da torcida do Atlético está correta. Eles têm meu apoio, têm o apoio da presidência. Achei ótimo. Acho que os jogadores têm que se cuidar sim. O Atlético não é brinquedo. E se eles tomarem um cacete na madrugada não vai fazer mal nenhum”, afirmou Alexandre Kalil.
Sobre o ‘Disque Denúncia’, o técnico Vanderlei Luxemburgo disse, em sua entrevista coletiva da última sexta-feira, que esse artifício também é utilizado no exterior. “Acontece (em outros países). Tem a imprensa, que dá dinheiro para a pessoa ir e tirar foto (de jogadores na balada)… Quando você está em um momento delicado, tudo isso vem à tona. Quando você esta ganhando, os caras (jogadores) vão para a balada, mas não se fala nada porque estão ganhando. (O torcedor) Encontra o cara na balada e acha legal, pede autógrafo”.
Concentração
Para manter os atletas focados no trabalho, principalmente quando a situação do time não é das melhores, Luxemburgo opta por concentrar os jogadores por mais tempo. Apesar de considerar normal os mais jovens curtirem uma balada, desde que seja com moderação, o treinador acha que, em momentos como o atual que o Galo atravessa, essa exposição é desnecessária.
“Com a minha experiência, eu concentro meus caras (jogadores) mais que extrato de tomate. Faço isso como estratégia, para recuperar jogador. Eles são jovens e vão para balada. É uma troca. O cara vai jogar no domingo e tem que estar na balada na sexta? O jogador tem que ser responsável de não estar ali naquele momento”.

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