quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Erros que custam caro

Contra um adversário pouco inspirado, alvinegro não tem competência nem para segurar o empate. Leva gol no fim, perde para o Atlético-PR (2 a 1) e amarga a zona de rebaixamento

Redação Superesportes - Estado de Minas

Publicação:16/09/2010 07:00

Que seria uma pedreira diante do Atlético-PR, em plena Arena da Baixada, era esperado. Só não se imaginava que o Atlético erraria tanto e perderia mais uma chance de dar um salto importante na classificação. O alvinegro pagou caro pela inoperância dos jogadores e foi derrotado pelo Furacão, por 2 a 1, ontem. Com o resultado, somou a sétima derrota em 11 partidas como visitante e segue na zona de rebaixamento. Agora, terá a obrigação de vencer o descendente Vitória, domingo, às 16h, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
O Galo começou apático e logo pagou um preço alto pela incompetência sobretudo defensiva, no primeiro tempo. Depois de falha ridícula de Diego Macedo, que gerou escanteio, Paulo Baier cobrou e o ex-americano Bruno Mineiro subiu livre para cabecear para o fundo das redes e abrir o placar no início de jogo. Tentando jogar no erro do xará, o alvinegro não conseguia desarmar e, consequentemente, criar contra-ataques. E ainda abusava do direito de errar passes.
Foi, no princípio, um time completamente sem identidade. Mas, se não era nenhum primor técnico, pelo menos mostrava-se persistente. Quando o adversário aliviou, o time de Vanderlei Luxemburgo aproveitou. Em jogada de contra-ataque pela direita, Daniel Carvalho lançou para Obina na área.
O atacante, de cabeça, empatou para dar moral, aliviar a tensão e mudar a postura da equipe, que por pouco não virou no fim da partida. Ricardinho lançou Daniel Carvalho em contra-ataque. O armador foi derrubado na entrada da área por Manoel. Quando todos esperavam que Daniel Carvalho batesse, Edison Méndez cobrou muito mal, em cima da barreira, perdendo a chance de ampliar.
Os jogadores foram motivados para o intervalo, acreditando na virada. “Tomamos o gol muito cedo, mas o time mostrou personalidade e empatou com propriedade, o que nos dá a certeza de que temos condições de virar no segundo tempo”, disse um confiante Fábio Costa, ao deixar o gramado para o intervalo.
EQUILÍBRIO E QUEDA No segundo tempo, porém, o alvinegro começou cedendo espaços aos donos da casa e pouco criou, como na etapa anterior. Assim, Vanderlei Luxemburgo congestionou o meio-campo para dificultar as ações do rubro-negro paranaense, trocando Obina por Diego Souza e o time perdeu sua referência no ataque. A aposta era nas saídas rápidas de Neto Berola. Este, individualista demais, nada apresentava. O Galo até chegou mais vezes que o adversário, mas o atacante não teve qualidade para definir. Em contragolpe, Ricardinho deixou Daniel Carvalho livre para marcar e o armador chutou para fora, perdendo outra chance importante, e a equipe mineira acabou castigada no fim.
Quando parecia que o Galo conseguiria ao menos um ponto em Curitiba, o Furacão fez o gol da vitória numa falha individual de Diego Macedo. Paulo Baier outra vez cobrou falta na área, Fábio Costa defendeu parcialmente e o zagueiro Rhodolfo cabeceou. O goleiro atleticano fez nova defesa parcial e, na rebatida, Ivan González, livre pela esquerda, pegou de primeira para fazer 2 a 1, definindo o placar. Foi um castigo. Mas merecido, por causa de tanta incompetência, uma constante do Galo neste campeonato.

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