
O Galo ainda não rendeu o esperado sob o comando de Luxemburgo (Crédito: Gil Leonardi)
Clube gasta muito dinheiro para somar poucos pontos no Brasileirão
O custo/benefício do Atlético de Vanderlei Luxemburgo tem sido discutido por conta dos péssimos resultados dentro de campo. O LANCENET! resolveu mostrar em números o quanto tem saído caro para os cofres alvinegros uma produtividade considerada muito baixa pelo potencial e pelo nome da comissão técnica e do grupo.
O Atlético tem aproveitamento de apenas 29,8% no Campeonato Brasileiro deste ano. Foram conquistados 17 pontos desde a estreia, contra o Vasco, em maio.
Desde então, o clube teve de dispender quatro meses de salário para Vanderlei Luxemburgo e sua recheada e renomada comissão técnica. O valor mensal da trupe, de acordo com apuração do LANCENET!, é de aproximadamente R$ 700 mil. Ou seja, foram pagos os salários de maio, junho, julho e agosto. Dessa forma, Alexandre Kalil teve de desembolsar cerca de R$ 2,8 milhões.
Uma conta simples, que pode mostrar para o torcedor uma relação de custo benefício do Galo, mostra que cada ponto conquistado no Brasileirão até o momento, sob a batuta de Luxa, custou muito caro: cerca de R$ 162 mil.
E até mesmo o presidente alvinegro já admitiu que o "projeto Luxemburgo" ainda não rendeu frutos que justifiquem tanto dinheiro, apesar de admitir manter o treinador no cargo. Em entrevista ao site "Galocast", publicada na semana passada, Kalil, questionado se o custo benefício de Luxa estava valendo a pena, foi curto e enfático: não.
Uma comparação válida se dá com o técnico do ano passado, Celso Roth. Com uma comissão técnica estimada em R$ 300 mil, ele teve resultados melhores com um grupo mais barato. Foram 56 pontos ganhos ao final da competição.
A mesma conta feita para o custo benefício de Luxemburgo mostra que cada ponto sob o comando de Roth custou bem menos: cerca de R$ 37,5 mil.
A vaga na Copa Libertadores com Roth não foi possível, mas o time não passou por maus bocados na zona de rebaixamento. Ao torcedor alvinegro, que agora tem Luxa, e não Roth, resta vislumbrar um futuro onde as promessas de títulos se transformem, pelo menos, na permanência na elite do futebol nacional.
Custo x benefício: Luxemburgo (Brasileirão 2010)
17 pontos em 19 jogos
Aproveitamento: 30%
Comissão técnica recebeu 4 salários desde o início da competição
Custo mensal: R$ 700.000,00*
Quatro meses: R$ 2,8 milhões
Custo: R$ 164 mil cada ponto conquistado
Custo x benefício: Celso Roth (Brasileirão 2009)
56 pontos em 38 jogos
Aproveitamento: 49%
Comissão técnica recebeu 7 salários durante o BR09
Custo mensal: R$ 300.000,00*
Sete meses: R$ 2,1M
R$ 37,5 mil cada ponto conquistado
* Valores aproximados
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