Paulo Galvão - Estado de Minas
Como em qualquer outro segmento, a profissão acaba aproximando as pessoas, que têm rotinas semelhantes e interesses comuns. Por isso, no lado alvinegro do clássico não são poucos os que têm amigos no rival celeste, o que torna a semana do grande jogo ainda mais especial. Se, normalmente, costumam se encontrar nos momentos de folga, atualmente eles evitam até mesmo um simples telefonema. Tudo para se concentrar o máximo possível no compromisso que, embora valha os mesmos pontos de qualquer outra partida, é encarado por todos como decisivo. Afinal, acima de tudo, está a rivalidade. “Realmente, este é um jogo diferente, gera uma ansiedade maior, você fica torcendo parar entrar em campo logo. Até por isso, não quero nem falar com o pessoal lá, deixa para domingo”, disse o lateral-esquerdo Leandro, que teve duas passagens pelo Cruzeiro, conquistando títulos importantes, como o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil, ambos em 2003 sendo, na época, dirigido pelo atual técnico atleticano, Vanderlei Luxemburgo. Preferindo não citar quem são os mais próximos no rival, evitando esquecer algum deles, o jogador só revela que não são os que vão estar em campo que gozam de sua amizade. Integrantes da comissão técnica azul também merecem menção. “O importante é que cada um vai procurar fazer o seu melhor para sair com a vitória. Tomara que seja o Atlético”, ressaltou. Justamente por ter tido bons momentos na Raposa, Leandro prega muito respeito ao adversário de sábado. Porém, só pensa em ajudar os companheiros e também amigos do alvinegro a conquistar os três pontos, que o Atlético tanto precisa, depois de vencer uma partida e empatar três no Estadual, precisando de um bom resultado para engrenar de vez na competição. Outro que se mostra concentrado no clássico é o jovem Renan Oliveira. Em suas passagens pelas Seleções Brasileiras de base, acabou desenvolvendo boas relações com os cruzeirenses Gabriel e Bernardo, que, como ele, lutam para se tornar titulares. Como Leandro, a amizade ficará em segundo plano. “Ainda mais por se tratar de um jogo importante como o clássico. Depois, retomamos nossa amizade”, argumentou o jogador, de 20 anos e que luta para passar de promessa à realidade no meio-campo alvinegro. SUSTO Ontem, os atletas alvinegros se dedicaram às atividades técnicas, com muitos cruzamentos e finalizações, tudo para que a pontaria esteja afiada diante da Raposa. Na atividade, porém, duas baixas assustaram a torcida. A primeira e mais grave foi a do volante Zé Luís, que deixou o gramado do campo 2 reclamando dor na panturrilha direita depois de tentar cortar uma bola pelo alto. Imediatamente, ele iniciou o tratamento e, segundo o médico Otaviano Oliveira Júnior, será reexaminado hoje. “Se a dor continuar, vamos encaminhá-lo para exames”, disse o médico. Já no final do treino, o atacante Diego Tardelli torceu o joelho esquerdo e também foi mais cedo para o vestiário. Medicado, não preocupa tanto, devendo participar normalmente do treinamento de hoje à tarde.
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