Paulo Galvão - Estado de Minas
Para os jogadores criados no Atlético, a rivalidade com o Cruzeiro vem não só das disputas na categoria de base, mas pela própria convivência na Região Metropolitana de BH. Já aos que chegam ao clube depois de alguns anos de carreira é fácil entrar no clima e perceber a importância da partida. Isso ocorre até com os que são de outros países e nunca jogaram um clássico no Brasil, como o equatoriano Jairo Campos. Para quem é do país, mas nunca havia jogado no futebol mineiro, a coisa é mais fácil. Afinal, a disputa entre atleticanos e cruzeirenses há muito cruzou as divisas do estado. O atacante Muriqui, por exemplo, se prepara para debutar no clássico e sabe o que vai encontrar: “É meu primeiro Atlético x Cruzeiro e vai ser uma sensação gostosa. Já ouvi falar muito desse jogo e é procurar entrar tranquilo para ajudar a equipe a sair com a vitória. Sei da importância da partida, que extrapola as quatro linhas, pois a rivalidade é grande e mexe com todos. Vamos nos preparar bem, pois, diante de um adversário qualificado, é preciso minimizar os erros e aproveitar as chances”. Com três gols marcados em quatro partidas, ele vem se destacando neste início de temporada. Porém, sabe que é em um compromisso como o de amanhã que o jogador tem de mostrar qualidade. “Mas, primeiro, penso em ajudar meus companheiros a vencer. Se for com gol meu, melhor ainda”, argumenta o jogador, que se surpreendeu com a rápida adaptação ao Atlético, mas que espera manter a regularidade. Também bem adaptado a Belo Horizonte, Muriqui tem evitado sair de casa nesta semana. Mas, nas poucas vezes que o fez, ouviu torcedores cobrarem a conquista dos três pontos diante do maior rival. “Sei desse desejo, que é nosso também. Mas não é tão simples, do outro lado tem uma equipe qualificada, que também quer vencer. Por isso é tão importante se preparar bem e entrar concentrado”, argumentou. Sabedor das dificuldades de um clássico, ele procura lembrar a todos que não se pode julgar o time alvinegro pelo resultado de amanhã, qualquer que seja ele. Afinal, argumenta, o trabalho do técnico Vanderlei Luxemburgo e de todo o grupo está apenas começando. DÚVIDAS E VETO De qualquer forma, resta saber qual será a formação do Galo amanhã. No treino coletivo de ontem à tarde, Luxemburgo começou novamente no 4-3-3 das duas últimas partidas, com Muriqui e Diego Tardelli atuando ao lado de Obina, outro que, se escalado, fará seu primeiro clássico em Minas. Depois, repetiu a mudança do treino de terça-feira, substituindo-o pelo armador Renan Oliveira. O volante Zé Luís foi vetado devido a contusão na panturrilha direita. Entra Jonílson. Na zaga, Werley ocupa a vaga de Cáceres, expulso contra o Uberaba. O volante Fabiano machucou o cotovelo esquerdo ao cair durante o ‘bobinho’ e foi levado ao hospital. A radiografia não apontou fratura e ele será reavaliado hoje para saber se estará à disposição.
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