segunda-feira, 4 de abril de 2011

Por hierarquia, Kalil demitiu atletas. Roth e Luxa já haviam pedido as dispensas





Presidente do Atlético explicou os motivos das saídas de Zé Luís e Ricardinho
Daniela Mineiro - Superesportes
Rodrigo Fonseca - Superesportes
Publicação:04/04/2011 17:14
Atualização:04/04/2011 18:02
Dois dias depois de anunciar as dispensas do volante Zé Luís e do armador Ricardinho, o Atlético se pronunciou oficialmente, nesta segunda-feira, sobre os motivos das saídas dos jogadores. Único a tratar do assunto na Cidade do Galo, presidente Alexandre Kalil apontou o respeito à hierarquia como determinante para que os experientes Zé Luís e Ricardinho fossem dispensados.
Kalil ainda ressaltou que os atletas não estão pagando pelo mau momento do time: “Em relação à dispensa do Ricardinho e do Zé Luís, gostaria de dizer que eles não são bodes expiatórios de uma situação que vem acontecendo. É um conjunto que aconteceu no Atlético e que estamos realizado uma correção de rota. Essa é a primeira coisa. O motivo da dispensa deles é hierarquia. Quando o treinador notou que havia algum problema, foi detectado há 35, 40 dias, foi feita uma observação sobre o que estava acontecendo. Se alguém me perguntar se tivesse ganho do Grêmio Prudente eles estariam dispensados? Sim, estariam. A dispensa deles foi resolvida na segunda-feira. Como tinha jogo, tomamos a decisão depois do jogo.”
Críticas aos métodos de trabalho
“Quanto aos profissionais, são ótimos profissionais, com horário responsável, mas aqui no Atlético temos preparador físico, treinador, fisioterapia, quem coloca horário e quem escala. O treinador acha, com apoio do presidente, que a hierarquia não pode ser quebrada. A partir do momento em que jogador critica horário, escalação, o treinador não aceita. Busco explicações para cinco derrotas seguidas com o Celso (Roth, treinador do Atlético em 2009), da situação do time do ano passado e do motivo de três treinadores (Roth, Vanderlei Luxemburgo e Dorival Júnior) pedirem a cabeça de um mesmo jogador. E, depois, dois treinadores (Luxemburgo e Dorival) pediram a cabeça dos dois mesmos jogadores. Não podemos fazer dos jogadores demônio, nem santos. A diretoria não é inocente e os jogadores não são culpados. Como não me vi à vontade de pegar meu boné e me demitir, e o treinador tem um prestígio nacional e com a diretoria, vamos dispensar os jogadores, porque é o que deve ser feito e é o mais fácil a se fazer.”
Crise no Galo?
"Essa minicrise que parte da imprensa quer transformar aqui no Atlético, ela vai ser cuidada. Somos vice-líderes do Campeonato Mineiro, perdemos só dois jogos este ano, podemos chegar à liderança da competição. Empurrar uma crise aqui para dentro, não. Sabemos que somos culpados, que tem a parte que delicia quando alguma coisa de errado acontece aqui no Atlético. Não tem crise, está tudo muito bem, obrigado. Vamos contratar, tivemos problemas com alguns jogadores, mas nós estamos atentos.”
Dorival prestigiado
“Esse é um assunto que morre aqui. Maluf e Dorival não vão falar sobre isso. É um assunto encerrado. Quem não prestigia treinador quando tem problema com atleta, paga uma conta muito cara. Quem não prestigiou paga a conta até hoje. Não tem culpado, estamos corrigindo um rombo”.
Por que Ricardinho e Zé Luís não foram dispensados antes?
“(Os treinadores) Ameaçavam e não tiravam. Pediam e voltavam atrás. A primeira vez que pediu e disse que queria, foi agora. Se tivesse feito com o Vanderlei e com o Celso, também teriam saído. No caso do Vanderlei era o Ricardo e o Zé Luís. No Celso, só o Ricardo. Eles sabem que o Vanderlei pediu a saída deles, depois voltou atrás.”
Reação do elenco
“A reação foi muito boa, porque, normalmente, quando acontece isso, vem um jogador, dois, o capitão, pedirem para os jogadores ficarem, e não foi o que aconteceu. Isso foi tratado olho a olho, com o Dorival e os dois jogadores, e não houve nenhuma reação a favor dos jogadores internamente.”
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