Obina quer 'repetir a dose' contra o São Paulo, neste domingo, no Ipatingão
Decisivo na virada sobre o Goiás, Obina volta a ser um dos trunfos do Galo e deve ser mantido ao lado de Neto Berola, domingo, contra o São Paulo, na despedida alvinegra do Ipatingão em 2010
Ludymilla Sá - Estado de Minas
Publicação:03/09/2010 07:00
Ainda em busca da forma ideal, Obina foi fundamental na primeira vitória do Atlético fora de casa no Campeonato Brasileiro – 3 a 1 sobre o Goiás, de virada, quarta-feira, no Serra Dourada –, ao provocar e converter dois pênaltis. O atacante garante não se intimidar com a situação do Galo. Depois de ficar quatro meses fora dos gramados por causa de cirurgia no joelho direito, ele chegou a três gols na competição (o primeiro havia sido no triunfo também por 3 a 1 sobre o Guarani, há 20 dias, no Ipatingão). Mas ainda é muito cedo para pensar em artilharia.
Para o jogador, que já balançou as redes 15 vezes este ano (incluindo Campeonato Mineiro e Copa do Brasil), a prioridade é tirar o alvinegro da zona de rebaixamento. “Estamos focados. Foi uma vitória importante contra o Goiás, mas já ficou para trás. Fizemos a nossa parte fora de casa e temos agora a obrigação de fazer o mesmo dentro e mostrar para o nosso torcedor a vontade que temos de tirar o Atlético dessa situação. Em casa, temos de nos impor. Vencer fora é muito bom. Se a gente consegue conquistar pontos lá e fizer nossa parte cá, certamente atingiremos uma posição melhor na tabela. E tem de ser dessa forma, crescendo a cada dia para ajudar o time.”
O Galo se prepara para enfrentar o São Paulo, domingo, às 18h30, em sua última partida pela competição no Ipatingão. No returno, voltará a mandar jogos na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Obina deve ser mantido como titular ao lado de Neto Berola, pois Diego Tardelli prossegue em tratamento de estiramento na coxa. O atacante baiano espera, contra o São Paulo, ter a mesma frieza para concluir as jogadas. “Precisávamos dessa vitória. Foi um jogo complicado, porque tomamos um gol muito cedo, mas tivemos a tranquilidade para virar e tirar o time daquela situação. Nós nos fechamos e soubemos aproveitar os contra-ataques.”
O triunfo em Goiânia trouxe alívio aos atleticanos. Depois de ficar de fora da derrota para o Palmeiras por 3 a 1, no Ipatingão, devido a uma pancada na canela, Obina exibe mais otimismo, em consequência da recuperação física intensiva a que se submeteu. “Tinha uma atrofia na perna esquerda e o tempo em que fiquei me tratando foi fundamental. É um tratamento diferente, com um método diferente, que me deu mais confiança para apoiar a perna no chão. Já me movimentei mais contra o Goiás e o importante agora é ter a tranquilidade para fazer os gols.”
Humildade
Réver concorda com o companheiro. Para o zagueiro, não interessa agora jogar bonito. Na circunstância atual, o Galo tem de pensar em vencer. “O Atlético é um clube de grandeza que não passa por um bom momento, devido aos maus resultados. Em certos momentos, a gente tem de jogar fechadinho lá atrás, como time pequeno, procurando os contra-ataques. Isso não é feio no futebol, não. Feio é tentar jogar bonito e sair de campo sem o resultado.”
Réver classifica o jogo contra o tricolor paulista como mais um confronto de seis pontos. “O São Paulo também não tem passado por bom momento. Por isso, vamos aproveitar o pouco tempo que temos para não ser surpreendidos.”
Além de Tardelli, Vanderlei Luxemburgo não terá o armador Diego Souza, autor de um gol em Goiânia, que recebeu o terceiro cartão amarelo. O lateral-esquerdo Leandro e o zagueiro Jairo Campos, recuperados de contusão, além do volante Edison Méndez, liberado pela fisioterapia, estão de novo à disposição do treinador, que começa hoje a definir o time.
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