Para tentar vencer o Vasco, escapar da zona de rebaixamento e iniciar a reação cobrada por torcedores e imprensa, Luxemburgo promove cinco alterações na escalação atleticana
Ludymilla Sá - Estado de Minas
Publicação:08/09/2010 07:00
Afundado na zona de rebaixamento do Brasileiro há 10 rodadas, o Atlético luta agora para não ser rebaixado. Nem se fala mais na Cidade do Galo do desejo de disputar a Copa Libertadores de 2011 – projeto mantido vivo em outra frente, a Copa Sul-Americana. O projeto imediato é defender a permanência na elite, reconhece o próprio Vanderlei Luxemburgo. O discurso otimista de antes deu lugar às cobranças e a reação tem de ser rápida. Talvez por isso, o técnico aposte de novo em nova escalação contra o Vasco, amanhã, às 21h, em São Januário, na estreia no returno.
Com a liberação de jogadores importantes pelo departamento médico, a esperança alvinegra se renova. Jairo Campos, recuperado de estiramento na coxa, formou ontem com Réver a dupla de zagueiros, no primeiro treino visando ao jogo no Rio. No meio-campo, saíram Rafael Jataí e Ricardinho para a entrada de Edison Méndez e Diego Souza, que cumpriu suspensão na derrota para o São Paulo. Também livre de contusão, Leandro retorna à lateral esquerda. Na frente, Daniel Carvalho, também recuperado de lesão, substitui Obina (três cartões amarelos).
Um dos poucos jogadores poupados por torcedores e imprensa, Réver vê com bons olhos a mudança, considerando-a fundamental para reverter a situação alvinegra. “Tem de mudar alguma coisa, porque estamos numa situação lamentável. Enquanto não estiver dando resultado, tem de mudar o time mesmo até achar a formação ideal. Futebol é assim.”
A necessidade de vitória em São Januário é evidente. Não só para livrar o Galo da situação ruim, mas para dar moral ao grupo. O zagueiro sabe, no entanto, que o time não depende apenas das próprias forças para sair da zona da degola nesta rodada. Torce também pela derrota do Grêmio para o Atlético-GO, também esta noite, no Olímpico. “Não me vejo fora do grupo. Todos estamos sendo criticados. Mas o torcedor tem de acreditar na gente, porque estamos procurando fazer o melhor. Tudo o que tem se falado aqui é sobre essa situação. Vamos fazer o melhor contra o Vasco para tirar o time desta situação.”
Para Réver, não adianta apenas vencer. O time tem de adotar novo comportamento e não perder o embalo. “Temos de adotar uma postura pouco diferente, porque jogamos meia parte do jogo bem e a outra, não. Espero que tenhamos uma sequência de vitórias a partir de quinta-feira.”
APOIO E PONDERAÇÃO Para o volante Fabiano, é fundamental manter o equilíbrio, apesar do clima tenso. “Não podemos também entrar no desespero. Estamos muito conscientes da nossa realidade. Temos um comandante e cada um sabe da sua função. Nosso time está bem armado e treinado e é só dessa maneira que se ganha jogo. Temos de nos doar mais, nos superar. Estamos numa situação muito complicada e temos de nos unir mais. Só assim sairemos desta situação.”
Fabiano acha normal as cobranças da torcida, mas pondera. “Não se pode tirar o direito do torcedor. Ele vai ao estádio, paga ingresso e ajuda a pagar o nosso salário. O momento não está favorável para sair, passear por aí. É de se cuidar, se preservar e saber para onde ir. Sabemos que essa reação e a cobrança sempre vão existir, mas tem de haver limite. Só que não sabemos como será, porque as pessoas são diferentes e reagem de formas diferentes. Cabe a nós sabermos dos nossos limites.”
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