Mesmo tendo currículo respeitável e ajudado o Brasil a levantar o título mundial de 2002, Ricardinho, titular amanhã, contra o São Paulo, ainda não conquistou toda a massa
Ludymilla Sá - Estado de Minas
Publicação:04/09/2010 07:00
O armador Ricardinho tem um currículo respeitável. Foi campeão do Mundo com a Seleção Brasileira em 2002, na Coreia do Sul e no Japão, participou do Mundial da Alemanha’2006, tem um título mundial de clubes e um da Copa do Brasil conquistados com a camisa do Corinthians e um do Brasileiro pelo Santos. Vez ou outra, porém, o jogador, que poderá ser titular no lugar de Diego Souza, suspenso, contra o São Paulo, amanhã, às 18h30, no Ipatingão, é contestado pela massa alvinegra.
As críticas, para o jogador, fazem parte de sua carreira e lhe servem como crescimento pessoal. “Um profissional sem crítica não é um profissional. Se você não souber lidar com críticas e elogios, não consegue vencer. Principalmente no futebol, em que você é bom num dia e no outro não vale nada. Isso é uma constante, porque está relacionado diretamente aos resultados. Quando o time está bem, todo mundo está também. Independentemente de tempo de carreira e experiência, o jogador tem de aprender sempre. Não tenho nenhum tipo de preocupação quanto a isso”, assegura.
Na rodada passada, quando o Galo venceu o Goiás, por 3 a 1, no Serra Dourada, Ricardinho começou no banco, gerando especulações em relação à sua condição física. Entrou no decorrer da partida e deu o passe para Diego Souza marcar um dos gols do triunfo.
O experiente armador descarta qualquer problema físico. “Posso tranquilamente atuar um jogo todo. Mas veja bem, cada um tem a sua opinião no futebol e ela que tem de ser respeitada. Sinceramente, não levo essas coisas em consideração. Se não me engano, participei de todas as rodadas. Agora, opinião, cada um tem a sua. As situações são criadas e não mudam nada, pois o importante para mim é o que os profissionais daqui pensam. Sempre me senti 100%, estou à disposição sempre. Dentro da minha autocrítica, quando eu achar que posso somar e render, estarei em campo. A partir do momento que eu sentir que não posso agregar, paro de jogar futebol.”
Por outro lado, a experiência do atleticano, que também vestiu a camisa do tricolor paulista, tem sido muito importante na orientação dos mais jovens. Sobretudo no momento delicado do alvinegro no Brasileiro. Sempre muito centrado e comedido, ele é uma espécie de conselheiro. “Temos de aprender para crescer. É sempre prazeroso quando está ganhando, mas é no momento de dificuldade que você tem de crescer. Todos nós estamos aprendendo com essa situação e tenho certeza que estamos crescendo pessoal e profissionalmente.”
Ricardinho destaca a importância de vencer o São Paulo, amanhã e não aponta vantagens no fato de o adversário também estar em momento difícil. Pelo contrário. Para ele, é sempre muito difícil enfrentar os paulistas, que virão motivados pela vitória sobre o Atlético-GO.
“Temos de preocupar com o nosso resultado. Essas situações abstratas antes do jogo para mim não serve. O que resolve no futebol é o que se faz nos 90 minutos. Precisamos dar continuidade ao que fizemos contra o Goiás. O São Paulo é forte, de tradição, tem bons jogadores, mas temos de dar continuidade à nossa recuperação.”
Além de Diego Souza, o lateral-direito Rafael Cruz está com o tornozelo inchado e sua presença é dúvida. Com isso, o lateral-esquerdo Diego Macedo deve ser improvisado no setor. O atacante Daniel Carvalho, recuperado de lesão no joelho esquerdo, foi liberado, ontem, pelos médicos e entregue à preparação física.
A massa alvinegra promete encher o Ipatingão na despedida do Galo do Vale do Aço. A carga de 11.120 bilhetes foi esgotada, ontem, primeiro dia da venda antecipada, segundo informações da assessoria de imprensa alvinegra.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário