Maluf explica suspensão e diz que 'choque' jurídico atrasou registro de Ronaldinho

Jogador foi registrado no BID nesta sexta, mas só estreará pelo Atlético na Libertadores



Luiz Martini - Superesportes



Tags: galo atlético suspensão contrato ronaldinho maluf

Publicação:



31/01/2014 19:00



Atualização:



31/01/2014 20:06

Dirigente do Galo aponta

Dirigente do Galo aponta "entrave jurídico"

O diretor de futebol do Atlético, Eduardo Maluf, concedeu entrevista coletiva no CT alvinegro para falar especialmente da situação de Ronaldinho Gaúcho. Depois de ter a renovação com o Galo anunciada no dia 9 de janeiro, pelo presidente Alexandre Kalil, via Twitter, o registro do jogador só foi publicado na CBF nesta sexta-feira.



Segundo Maluf, o principal motivo do atraso na regularização foi um “choque” jurídico entre os advogados do jogador e o departamento atleticano. Algumas cláusulas especiais do contrato de R10, que não foram reveladas pelo dirigente, causaram a demora na assinatura do contrato, que já estava apalavrado desde o início do mês.



“No que diz respeito ao contrato do Ronaldo, ele terminou no dia 31 de dezembro e logo no primeiro encontro, o presidente renovou o contrato por mais um ano. Saímos dali e fomos embora para o jurídico alinhar os detalhes. Mas salário e prazo estavam combinados. Juridicamente, não conseguimos encaminhar a assinatura do contrato. Mas prova que estava certo é que o jogador se apresentou junto com os jogadores. Mas esse entrave jurídico fez com que ele fosse regularizado hoje”, disse Maluf.



Se o novo vínculo de Ronaldinho Gaúcho com o Atlético sofreu alguma modificação em relação à parte financeira, o dirigente também não quis comentar.



“Se o contrato é igual ou diferente, não temos que falar. O que divergiu foi cláusula de contrato. Advogado do Ronaldo e nosso departamento jurídico. Depois desses dois jogos, ele está à disposição do Paulo (Autuori)”, completou.



Suspensão pela Fifa
As partidas a que Maluf se refere são as duas próximas do Campeonato Mineiro. Como foi expulso na disputa do terceiro lugar do Mundial de Clubes, o camisa 10 ficou automaticamente suspenso para o primeiro jogo oficial de 2014. Além da suspensão, Ronaldinho foi julgado pelo comitê da Fifa no fim do mês e pegou mais um jogo de gancho.
“Eu nunca tinha tido a oportunidade de jogar um campeonato mundial. Participei do sorteio e recebemos o regulamento da competição. Tivemos um seminário com os clubes, e o coordenador-geral da Fifa nos colocou que todos chegariam isentos de punição, mas que naquela competição qualquer punição deveria ser no primeiro jogo oficial do seu país no ano seguinte”, afirmou Maluf, antes de confirmar que a informação da ampliação da punição chegou no fim do mês.
“Ouvi opiniões de que não existe isso, que jogador não tem que cumprir. Consultamos a Fifa depois que saiu a tabela do Mineiro, e ela nos passou que seria um jogo da primeira competição oficial. No fim de janeiro, o comitê disciplinar da Fifa se reuniu e decidiu impor dois jogos. É o comitê da Fifa que julgou o Ronaldo e deixou fora dos dois primeiros jogos oficiais, e ela cita os dois jogos. Ela cita contra o Minas e Nacional, mas como o contrato só foi registrado hoje, ele está fora contra o Nacional e o Tombense”.
Como restam três jogos do Mineiro antes da estreia na Libertadores (Nacional, Tombense e Tupi, esse último jogo com time reserva por causa da viagem à Venezuela), R10 fará sua estreia na temporada 2014 em Barinas, diante do Zamora, no dia 11 de fevereiro.
O cartão vermelho recebido por Ronaldo diante do Ghangzhou Evergrande custou cerca de R$ 48 mil aos cofres do Atlético. Os dois cartões amarelos de Réver, semifinal e no jogo do terceiro lugar, custaram para o clube cerca de R$ 62 mil.