domingo, 26 de janeiro de 2014

FUTEBOL MINEIRO

Sem alívio
Atlético e Cruzeiro vão cobrar no Campeonato Mineiro os mesmos valores de ingressos do Brasileiro. Preço segue a média praticada por equipes de Rio de Janeiro e São Paulo
Renan Damasceno - Estado de Minas
Publicação:
26/01/2014 09:10
Atualização:
26/01/2014 09:12
Uma das principais queixas dos torcedores brasileiros no ano passado, os preços dos ingressos – pressionados pela construção das novas arenas –, vão continuar salgados no Brasil. Mesmo enfrentando adversários de menor expressão, Cruzeiro e Atlético vão praticar no Campeonato Mineiro valor de bilhete semelhante ao cobrado durante o Brasileiro – tendência seguida pela maioria dos grandes clubes do país.
O peso será maior no bolso daqueles que não aderiram aos programas de sócio-torcedor, que garantem entradas ou prioridades de compra mediante pagamento mensal. Sem os descontos oferecidos pelo clube, o torcedor comum pagará hoje de R$ 50 a R$ 170 para assistir à estreia do Cruzeiro no Estadual contra a URT, de Patos de Minas, no Mineirão. O valor é praticamente o mesmo do duelo entre a Raposa e o Bahia, último do time no Gigante da Pampulha no Nacional de 2013.
Segundo o diretor de marketing do Cruzeiro, Marcone Barbosa, a tendência é de que este seja o piso para a temporada. A explicação é que, havendo eventual redução, o programa de sócio-torcedor deixa de ser atrativo. “Os preços têm de ser lineares para o torcedor mensurar as vantagens de se associar”, defende Marcone. “Nossa estratégia é ter variedade para atingir todas as classes. Em relação ao preço, o clube oferece hoje desconto de 30% para o sócio da modalidade mais barata, que custa R$ 27,50 por mês”, detalha. O Cruzeiro tem 15 mil associados com bilhete garantido. Somando-se aos da modalidade Cruzeiro Sempre, são 49 mil participantes.
Embora ainda não tenha uma decisão fechada, o Atlético deve manter o preço do ingresso igual ao praticado no ano passado. No último jogo no Independência em 2013, os valores variavam de R$ 30 a R$ 160. A equipe joga em casa pela primeira vez no Mineiro contra o Nacional, no próximo fim de semana.
Os demais grandes clubes brasileiros também não diminuíram a cobrança pelas entradas em seus estaduais. Os preços vão de R$ 30 a R$ 250, que é o que o torcedor palmeirense pagou para assistir à vitória por 2 a 1 sobre o Linense, semana passada, no Pacaembu – o ingresso mais caro do Brasil no início de 2014. Já o Grêmio reduziu o bilhete mais barato de R$ 80 para R$ 30, enquanto o Internacional, que estreia no novo Beira Rio em fevereiro, cobra preço único (R$ 40). No Paraná, a situação mais complicada é a do torcedor do Atlético-PR, que não encontra bilhetes para comprar. Isso ocorre porque o clube tem 20 mil sócios e está jogando no Estádio Janguito Malucelli, com capacidade para 4 mil.
No Campeonato Carioca, quem cobra mais caro são os dois times que jogam no reformado Maracanã, Fluminense e Flamengo. Atuando em São Januário, Vasco e Botafogo mantêm preços mais acessíveis: R$ 30 a R$ 50 (alvinegros) e R$ 30 a R$ 80 (vascaínos). Os clássicos, porém, não terão teto.
PROTESTO
Nas duas primeiras partidas do Flamengo, as organizadas fizeram protestos pedindo bilhetes mais baratos. “Quando nos foi falado que o preço do ingresso da final da Copa do Brasil contra o Atlético-PR foi aumentado em razão da importância da partida, por ser uma final, não entendemos um jogo contra o Audax valer os mesmos R$ 60 de jogos do Campeonato Brasileiro”, criticou, em nota, a Associação das Torcidas Organizadas do clube.

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