quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

11/12/2013 15h57 - Atualizado em 11/12/2013 15h57

Cuca acredita que apenas perfeição fará Atlético-MG derrotar o Bayern
Entretanto, o técnico alvinegro está preocupado primeiro em analisar o Monterrey, do México, possível adversário do Galo nas semifinais do Mundial, dia 18, em Marrakesh
Por GLOBOESPORTE.COMBelo Horizonte
Para que o dia 21 de dezembro termine com o Atlético-MG campeão mundial, em uma possível final com o Bayern, o time precisa estar em um momento mágico, perfeito. É esse o pensamento do técnico Cuca, que ainda caracteriza o treinador do time alemão como ‘Professor Pardal’.
Antes da viagem para o Marrocos, o treinador deu uma entrevista exclusiva ao site da Fifa e comentou também sobre o time alemão, o confronto nas semifinais e a montagem da equipe para o torneio mais importante na história do clube mineiro. Para Cuca, apenas uma atuação perfeita pode fazer o Atlético-MG derrotar o Bayern. Mas, segundo ele, a ‘maneira sistemática’ do time alemão atuar pode facilitar a atuação alvinegra em uma possível final em Marrakesh.
- Significa a gente estar num dia mágico, perfeito, tudo dar certo para nós e ainda contar que as coisas não dêem certo 100% para o Bayern. Aí a gente passa. Muito se fala: 'Ah, mas o Corinthians ganhou do Chelsea no ano passado'. Ganhou, é verdade. Pegou o Chelsea num momento de transição, tanto de jogadores quanto principalmente de comando técnico. Então, é diferente: você vai pegar um Bayern com sequência, ainda que o treinador não esteja há tanto tempo, mas os jogadores todos jogam juntos há muito tempo e hoje vivem seu melhor momento. O (Franck) Ribéry não é o melhor da Europa? O (Arjen) Robben não é destaque da Holanda? O Dante não está na Seleção Brasileira? Uma meia dúzia de jogadores na seleção alemã? É um apanhado geral de jogadores selecionáveis e que jogam juntos – e bem – há tempos. Agora, o que sinto neles é que têm uma maneira sistemática de jogar. E, se a gente trabalhar bem em cima disso, pode ter alguma vantagenzinha.
No confronto entre técnicos, Cuca afirma usar da mesma estratégia do espanhol Guardiola, que costuma escalar jogadores em funções diferentes das que estão acostumados.
O (Franck) Ribéry não é o melhor da Europa? O (Arjen) Robben não é destaque da Holanda? O Dante não está na Seleção Brasileira? Uma meia dúzia de jogadores na seleção alemã? É um apanhado geral de jogadores selecionáveis e que jogam juntos – e bem – há tempos”
Cuca
- O Guardiola é esperto, né? Ele usa tudo, tudo que pode tirar do jogador. Às vezes ele coloca um jogador numa outra função porque enxerga realmente algo. Eu também procuro fazer isso e às vezes a gente é mal interpretado: se der certo, você é bom; se não, você é o 'Professor Pardal'. Aqui no Brasil, então, cai tudo. Mas o Guardiola vê as características do jogador, como está fazendo com o Philip Lahm como segundo volante, ou o (Bastian) Schweinsteiger atuando como primeiro. Muitas vezes ele deixa os zagueiros dele no mano a mano. E eu já vi ele falando que força os jogadores dele a estarem nessa situação, porque diz: 'se vocês estiverem no mano a mano, lá na frente eu vou ter um jogador a mais no meio-campo'. Só que, para ele ter dois zagueiros no mano, os caras têm que ser bons e rápidos – e eles têm esses caras. Então, ele não é louco, não. Ele é louco de tão esperto, porque ele usa tudo o que os caras têm e podem dar para ele. E, claro, ele tem em mãos alguns dos melhores jogadores do mundo.
Cuca contou que está analisando jogos do Bayern para preparar estratégias em um possível confronto, que só pode ocorrer se os dois chegarem à final ou, em uma situação improvável, numa disputa de terceiro lugar.
- Claro. Por isso é que eu gostei do fato de pegar logo o adversário que teoricamente é mais forte, para que a gente não entre de salto alto e, da minha parte, seja tudo bem trabalhadinho. Da minha parte, vou passar pra eles tudo: quantos cabelos os caras têm na cabeça. Então, trabalhando duro e conseguindo passar desse adversário, a gente ganha corpo para chegar à final.
Entretanto, o treinador alvinegro está preocupado primeiro em analisar o Monterrey, do México, possível adversário do Atlético-MG nas semifinais, dia 18, também em Marrakesh.
- A gente quer ter uma ideia de que o Monterrey seja, no mínimo, do mesmo nível daquele Tijuana. Então, a gente precisa ter muito cuidado. A gente fala muito, está muito feliz com tudo, mas tem que ter o olho muito aberto para depois não passar vergonha.

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