quinta-feira, 26 de dezembro de 2013


Amor pelo Galo fala mais alto e torcedores não abandonam o time em Marrakesh
Alvinegro não alcançou decisão do Mundial, no Marrocos, após derrota para o Raja
Publicação:
21/12/2013 13:40
Rodrigo Fonseca
Enviado especial ao Marrocos
A dor continua. Aos poucos, eles absorvem a dura derrota para o Raja Casablanca, na semifinal do Mundial de Clubes, no Marrocos. Mas a paixão pelo Galo também não tem fim. Se muitos atleticanos embarcaram de volta para casa após o fracasso, outros não arredaram o pé de Marrakesh. Na disputa do terceiro lugar, o Atlético não foi abandonado por sua torcida.
Daniel Roberti, de 32, é empresário e veio de Belo Horizonte. Nem cogitou adiantar o retorno: "Nosso time, nós não abandonamos. Atleticano não é movido a título. Atleticano é paixão. Estamos aí para dar essa força ao time e sempre pensando em coisa boa para o ano que vem. Aconteceu esse percalço, mas é bola pra frente", disse.
Ele destaca que o Atlético vive um momento único: "A decepção sempre vai ter. Mas já sofremos por coisa pior. Estamos hoje em outro continente. Estamos no Mundial. Qualquer time brasileiro queria estar aqui no Marrocos. Uma pena que essa vitória do Raja não estava nos planos".
Porém, ele compreende os que decidiram voltar mais cedo: “Cada um reage de uma forma. Eu sou atleticano há 32 anos, nasci atleticano e vou morrer atleticano. Já vi o Atlético na Série B, no fundo do buraco, hoje estou aqui vendo ele no Mundial. Está disputando terceiro lugar, mas poderia estar disputando a final. Jogou mal. Mas esperamos que 2014 venha coisa boa.”
Já Sérgio Magalhães, médico de 46 anos, lembra que já passou por fases difíceis e nunca pensou em dar as costas para o Atlético: "O Galo é acima de time, treinador, presidente. O Galo é a torcida. Isso está provado desde que Galo é Galo. Foi assim em 77, 80, 99, na Libertadores de 81. Eu fui a Itu assistir Atlético e Ituano, chovendo, pela Série B. Imagina se não vou ficar para ver o Galo no Mundial".
A derrota serviu até para agregar novos fanáticos ao clube. A esposa de Sérgio Magalhães, Danielle, também médica, sai de Marrakesh ainda mais alvinegra: "Sou de Rio Claro, interior de São Paulo. Estamos há 25 anos juntos, mas há 17 casados. Sempre falou na minha cabeça do Atlético. E o Mundial serviu para uma coisa pra mim. Eu virei atleticana mesmo. Eu não era tão atleticana, era simpatizante. E agora virei atleticana. Porque a gente fica nervoso, torce, sofre e ama o Galo".

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