quinta-feira, 26 de dezembro de 2013


Do sonho da taça à melancólica disputa de 3º lugar: Galo se despede do Mundial
Eliminado da decisão pela zebra marroquina Raja Casablanca, time alvinegro encerra participação no torneio contra Guangzhou Evergrande, neste sábado, em Marrakesh
Publicação:
20/12/2013 20:00
Atualização:
20/12/2013 19:54
Rodrigo Fonseca
Enviado especial ao Marrocos
Do sonho ao pesadelo. De candidato ao título a espectador na decisão. O confronto é contra os chineses do Guangzhou Evergrande, não contra os alemães do Bayern de Munique. Fiasco no Mundial. Não era o jogo que a torcida esperava. A despedida do Atlético é na disputa do terceiro lugar, a partir das 14h30 (de Brasília), no estádio de Marrakesh. O atleticano ainda não acredita, mas o roteiro é esse mesmo.
A euforia de milhares de torcedores, que deixaram o Brasil para apoiar o time no Marrocos, deu lugar à dor. A derrota para o Raja Casablanca, na semifinal do torneio, surpreendeu. Mais do que isso, mandou muitos torcedores de volta para casa antes da partida final. Muitos venderam ingresso, adiantaram retorno.
O capitão Réver fica até sem palavras: “Difícil falar. Tudo que você disser pode ser interpretado de outra maneira. O momento é focar o jogo de sábado para que o resultado possa diminuir um pouco essa dor das pessoas.”
Os elogios se foram. O ano acaba com críticas. “Há dois ou três dias, você tinha o melhor time do mundo, elogiado por todos. De repente tudo muda. Mas o jogador tem que estar acostumado a isso. Não pode se abater com críticas e se envaidecer com os elogios. Temos que ser profissionais e manter a cabeça no lugar para que isso não atrapalhe”, ressalta Réver.
Adeus amargo
É o fim do Mundial e também da “era Cuca”. O treinador já tinha acertado a transferência para o Shandong Luneng, da China, antes mesmo do Mundial de Clubes. Os jogadores asseguram que não houve reflexo no desempenho da equipe: “Não vejo isso como desculpa ou motivo pela eliminação. A verdade é que acabamos não jogando bem e o Raja foi superior e fez por merecer a vitória. Nosso time não teve força e não conseguiu reagir diante dos marroquinos”, diz o capitão.
Sobrou para Cuca, o técnico que construiu o Atlético campeão da América, dar o adeus amargo. “Sempre coloquei o Atlético à frente de tudo para mim. Nesses dois anos e meio que dirigi o Atlético, fiz dele minha casa, o CT minha casa, a turma do CT minha família. Foi o melhor lugar onde trabalhei. Dei para o Atlético tudo que pude, desde a minha fé até a organização.”
Absorver a frustração e seguir em frente. Sem Cuca. Agora com Paulo Autuori, técnico contratado para 2014. “Estou decepcionado com o jogo que fizemos, mas não se pode apagar tudo que construímos em dois anos e meio. E que ainda vai fazer no ano que vem. O Atlético tem uma base muito boa, comissão permanente muito boa, o presidente é bom. Vai seguir ano que vem sendo um ano bom do clube, como foi 2012 e 2013. Mas, antes, temos que jogar com dignidade. Ainda que não valha o titulo, temos que jogar uma partida bem melhor que jogamos na quarta”. É o que restou.
Atlético x Guangzhou Evergrande
Atlético
Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver e Lucas Cândido; Pierre, Josué, Diego Tardelli, Ronaldinho Gaúcho e Fernandinho; Jô - Técnico: Cuca
Guangzhou
Zeng Cheng; Zhang Linpeng, Feng Xiaoting, Kim Younggwon, Sun Xiang;Xuri Zhao, Zheng Zhi, Huang Bowen, Dario Conca; Muriqui e Elkeson - Técnico: Marcello Lippi
Motivo: disputa do terceiro lugar no Mundial de Clubes
Estádio: Marrakesh Stadium, às 14h30 (de Brasília)
Árbitro: Alireza Faghani (IRN)



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