quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Os 19 do Cuca

Treinador atleticano exalta o aproveitamento constante dos reservas no Galo e destaca sua preocupação em formar um grupo homogêneo para resistir à intensa temporada
Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:09/02/2012 07:00
Nas duas partidas oficiais disputadas pelo Atlético este ano, o técnico Cuca não pôde escalar a equipe que considerava ideal, por suspensão ou contusão. Mas, em vez de reclamar dos desfalques, ele prefere elogiar os que entraram e deram conta do recado, ajudando o Galo a vencer o Boa, em Sete Lagoas, e o América, em Teófilo Otoni.
O treinador deseja ter um grupo homogêneo, com “17, 18, 19 jogadores no mesmo nível, em condição de ser titular”. Para isso, ele estimula a concorrência entre os atletas em todas as posições. A lateral direita é um exemplo: Marcos Rocha assumiu o lugar de Carlos César (fraturou o nariz) e manteve o ritmo.
Opções não faltam. Na zaga, o recém-contratado Rafael Maques supriu a ausência de Leonardo Silva, que começou o ano machucado. Há, ainda, o prata da casa Werley. Na lateral esquerda, Triguinho está de sobreaviso caso haja algum impedimento de Richarlyson atuar. No meio, Fillipe Soutto conta com o apoio da torcida para recuperar a condição de titular se houver qualquer problema ou queda de rendimento em Pierre e/ou Leandro Donizete. Na armação, Mancini vem treinando bem, além de ter tido boa atuação contra o Dragão – foi autor do gol da vitória de virada por 2 a 1. Para o ataque, Neto Berola e Guilherme estão de prontidão, à sombra de André.
Para os jogadores, quem ganha com isso é o Galo, que poderá manter o ritmo mesmo que enfrente as contusões e suspensões inerentes às disputas. “O jogador não pode se acomodar, achar que está tranquilo porque está no Atlético. Tem de procurar evoluir sempre. Quem é titular hoje não pode dar brecha ou corre o risco de perder o lugar. E quem está de fora deve estar pronto para entrar e ajudar o time. Acho que todo mundo está consciente disso”, argumenta Marcos Rocha.
Autor do cruzamento que resultou no segundo gol do Galo contra o América-TO, o lateral se mostra feliz por ter desempenhado bem seu papel, até porque ele teve outras participações importantes no jogo, ainda que pareça ter sentido a falta de entrosamento.
Para se manter como titular, Marcos Rocha se diz disposto até mesmo a mudar um pouco suas características. Nos dois anos em que passou emprestado ao América, ele teve liberdade para apoiar e soube aproveitar para se destacar no ataque. Mas ele sabe que no Atlético será um pouco diferente. “Se o Cuca determinar, fico mais preso à marcação. O importante é ajudar o time”, afirma o jogador, que vem procurando aprimorar fundamentos como os cruzamentos e o posicionamento defensivo.
OPORTUNIDADE Quem também vem se empenhando nos treinos é o atacante Neto Berola. Como Danilinho sofreu pancada no tornozelo esquerdo no domingo e ainda não treinou esta semana, ele se prepara para começar jogando pela primeira vez na temporada, depois de atuar bem contra o Dragão.
Uma de suas preocupações foi a preparação física: “Venho treinando bem desde o começo do ano, sem sentir cãimbras. Por isso, acho que estou preparado para atuar os 90 minutos, caso o treinador opte por mim”.
Outro que vem sendo poupado esta semana é o zagueiro Réver, que reclamou dor na coxa direita. Por outro lado, o volante Dudu Cearense voltou a treinar com o grupo depois de 12 dias tratando de estiramento na coxa direita.

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