Dudu se desculpa. Depois, atira

Redação - Superesportes
Publicação:24/02/2012 07:00
Atualização:24/02/2012 20:20
Pivô da confusão com o titular Leandro Donizete no coletivo de quarta-feira à tarde, na Cidade do Galo, depois de cometer falta violenta e ser expulso da atividade, o volante Dudu Cearense tentou selar a paz com o companheiro. No entanto, ele procurou se defender. Embora reconheça que ficou nervoso e que abusou da força, afirma ter reagido a uma agressão do colega.
“Sei que a atitude não se justifica, mas eu só tive a atenção de disputar a bola daquela maneira porque o Donizete me atingiu com o braço no mesmo lance. Estamos treinando com seriedade e acabamos ficando de cabeça quente naquele momento”, alegou o volante, por meio de nota de sua assessoria. Ontem, ele foi mantido fora do coletivo e treinou fisicamente à parte. Além de ser punido pelo técnico Cuca, o jogador será multado, a pedido do treinador.
Dudu fez questão de conversar com Leandro depois do treino e pedir desculpas pelo episódio. Agora, seu objetivo é dar sequência aos treinos e brigar pela posição de titular: “Não tenho nada contra o Donizete. Está tudo bem entre nós. Vamos deixar isso para trás e voltar a nos concentrar no trabalho, pois temos um importante jogo pela frente”.
FRUSTRAÇÃO O jogador chegou ao Atlético em abril do ano passado, quando teve 75% dos seus direitos econômicos adquiridos por 1,1 milhão de euros. Depois de boas passagens pelo CSKA Moscou e Olympiakos, da Grécia, esperava-se que o volante reeditasse em Minas o futebol que o projetou no Brasil, mas a série de lesões musculares o prejudicou. Em 14 jogos com a camisa alvinegra, balançou as redes três vezes. Sem chances de mostrar o bom desempenho que o consagrou no Vitória de 2001 a 2003, chegou a ser cogitada a negociação com outro clube do país. O alto salário (superior a R$ 100 mil) dificultou o acerto.
Desde o começo do ano no Galo, Leandro Donizete tornou-se titular rapidamente, deixando em segundo plano não só Dudu como o prata da casa Fillipe Soutto, dono da posição em 2011. Ele minimizou o episódio. “Essa história fica no passado. Somos profissionais e, às vezes, nos exaltamos nas jogadas, numa disputa de bola. Ele errou também, me chutou. Mas acho que estava de cabeça quente ali, já me pediu desculpas e bola para a frente. Todos somos companheiros e a união tem prevalecer.” (RD)