Kalil: 'atitude do Palmeiras por Wesley é surreal´

Presidente do Atlético diz que custear contratação do atleta com doações é fora do comum
LANCEPRESS!
Publicada em 29/02/2012 às 14:23
Belo Horizonte
O presidente Alexandre Kalil novamente soltou o verbo para comentar a negociação envolvendo o volante Wesley, ex-Santos, e o Palmeiras. Dessa vez, o mandatário do Galo ironizou e disse que, apesar de respeitar a iniciativa, custear a contratação de um jogador de futebol por 6 milhões de euros - aproximadamente 21 milhões de reais - através de doações é 'surreal'.
- Olha, eu acho que, se esse caminho der certo, é a redenção do futebol brasileiro. Se alguém encontra uma fórmula para a torcida dar 21 milhões (de reais) a um clube para contratar o jogador, nós estamos aqui brincando de fazer força para ganhar dinheiro. Eu respeito muito qualquer atitude de qualquer presidente, eu entendo a dificuldade, mas acho surreal. Aí não é o caminho - analisou em entrevista à Rádio Estadão ESPN.
O Atlético havia entrado na briga para ter Wesley e chegou a oferecer 4,5 milhões de euros - aproximadamente 10 milhões de reais - para ter o jogador. O valor havia sido fixado pelo Werder Bremen, atual clube do jogador. Entretanto, o time paulista cobriu a oferta do Galo e propõs 11 milhões de reais a mais ao clube alemão, algo em tornou de seis milhões de euros.
- O Atlético estava encaminhado na negociação e eu estava embarcando para a Alemanha, então o Palmeiras apareceu justamente pelo motivo do meu embarque. Os procuradores do jogador me falaram que o Palmeiras ia pagar seis milhões de euros no negócio - revelou o dirigente.
O Werder Bremen estipulou um prazo até o dia 23 de março para que o Palmeiras pague o valor devido pelo jogador. Kalil encerra o assunto deixando claro que, apesar da ideia palmeirense ser fora do comum, o mandatário alvinegro afirma que não tem nada demais e que, se pudesse, faria a mesma coisa.
- Não tem nada demais, eu faria o mesmo. Lamentavelmente o Atlético saiu prejudicado na história - finalizou.