sábado, 10 de dezembro de 2011

Jogo na rede

Renan Damasceno - Estado de Minas
Publicação:03/12/2011 07:00
Atualização:03/12/2011 11:29
Sabe qual a semelhança entre o Cruzeiro e o Natal? Os dois caem em dezembro. E a diferença do Cruzeiro para o Atlético? A fase ruim do primeiro dura seis meses e a do rival já passa de 40 anos. Provocações como essas apimentaram a rivalidade entre cruzeirenses e atleticanos nas redes sociais na semana que antecedeu o clássico estadual que pode culminar no rebaixamento do time celeste, amanhã, na Arena do Jacaré.
Triunfantes depois de escapar da degola, e principalmente por terem a chance de rebaixar o arquirrival, os alvinegros aproveitaram para se vingar do sofrimento vivido há seis anos, quando amargaram a ida para a Segunda Divisão. Vale tudo, até escorar em teorias conspiratórias, como “a maldição dos oito anos”: o Coritiba foi campeão brasileiro em 1985 e rebaixado em 1993; em 1994, o Palmeiras levantou a taça e caiu em 2002; O Grêmio ganhou o título em 1996 e foi para a Série B em 2004, mesmo caso do Corinthians, dono do troféu em 1999 e que não evitou o descenso em 2007. O Vasco, campeão da Copa João Havelange de 2000, caiu em 2008. Há oito anos, quem foi o campeão? Cruzeiro.
Com auxilio dos editores de imagem, Mick Jagger, vocalista do Rolling Stones que se revelou um tremendo pé-frio durante a Copa do Mundo’2010, já vestiu a camisa dos dois clubes. Outro personagem do Mundial, o polvo profeta Paul, também entrou na brincadeira e fez sua previsão – numa ótica bem atleticana.
Para se salvar, a Raposa já pediu ajuda até para Papai Joel – numa alusão ao ex-técnico celeste Joel Santana, hoje no Bahia, que pode evitar o descenso do Cruzeiro se vencer o Ceará, em Salvador.
O clássico promete movimentar as ruas, bares e avenidas da capital mineira e do interior. As brincadeiras e as provocações nas redes sociais se revelam como uma ótima opção para a torcida saudável. Juntos, e com bom humor, eles levantam a bandeira contra a violência e mostram, no campo virtual, como deve ser o comportamento dos torcedores na vida real, independemente do placar do jogo.

Nenhum comentário: