Diego Tardelli já tem aval do Anzhi e quer jogar no Brasil em 2012 (Foto: Gil Leonardi)
Verdão tenta acordo com atacante. Ele dá preferência ao Atlético-MG, mas rebate Kalil e deixa claro seu desejo
Daniel Romeu e Thiago Salata
Publicada em 21/12/2011 às 06:11
São Paulo (SP)
Roberto Carlos, “técnico-jogador” do Anzhi (RUS), confirmou que o Palmeiras chegou aos 4 milhões de euros (R$ 9,6 milhões) pedidos pelos russos para vender Diego Tardelli. De acordo com o brasileiro, Verdão, Atlético-MG e um clube do Qatar fizeram propostas para contratar o atacante.
O que falta? Um acerto com Tardelli. De férias em Santa Catarina, o atleta atendeu ao LANCENET! por telefone. Afirmou que não conversou com nenhum clube e ainda rebateu Alexandre Kalil, presidente do Galo, time que ele deu prioridade.
A decisão, porém, já está tomada: o atacante quer voltar ao Brasil. A oferta do Qatar não o animou.
– Quero voltar. Não tenho interesse em ficar na Rússia, deixei isso bem claro lá para eles. Agora vamos esperar, depois do dia 23, passar o Natal para começar a negociar – afirmou o ex-atleticano.
Tardelli deixou a negociação nas mãos do empresário Giulliano Bertolucci, que despistou sobre o interesse do Palmeiras. Como já publicou o LNET!, no entanto, as conversas existem e há uma diferença salarial que o separa do Alviverde.
O clube oferece R$ 350 mil, enquanto que o atleta pede R$ 450 mil. O Galo tem preferência, mas...
– Já dei prioridade para o Atlético, mas até agora Kalil não me procurou para me passar as condições. Kalil disse que eu queria um salário X, e é mentira. Não conversei nada de salário com ele – disparou o atacante.
Amigo de Roberto Carlos, o atleta já tem o aval para jogar no clube que escolher. O Verdão chegou a levantar até 5 milhões de euros (R$ 12 milhões), mais do que o pedido, parcelados.
– Eu quero ver ele jogando futebol. É um grande amigo, que precisa voltar a ser feliz. Vamos facilitar para jogar no Brasil, onde quiser. O Palmeiras chegou nesse valor (4 milhões de euros), mas não sei a forma de pagamento. Já dei minha palavra ao Tardelli. Tem proposta do Palmeiras, Atlético-MG e clube do Qatar. Eu abro as portas para ele jogar onde quiser, depois a gente negocia a forma de pagamento – confirmou Roberto Carlos, à TV Bandeirantes.
Tardelli é o “camarão” de Felipão para o ataque. A diretoria mantém sigilo e está empenhada em chegar a um acerto com ele.
‘Anzhi, hoje, é do Roberto’, brinca
Questionado sobre a força da palavra de Roberto Carlos no Anzhi (RUS), Diego Tardelli destacou a força do brasileiro.
– Roberto Carlos é muito influente lá dentro, praticamente tudo que acontece passa por ele. Eu converso muito com ele, tem uma facilidade maior para conversarmos, negociar as coisas. Hoje, tudo passa por ele. O Anzhi é do Roberto hoje, por tudo que conquistou, pelo jogador que é – disse Tardelli.
O atacante sofreu com lesão na Rússia.
– Comecei titular, depois tive uma lesão no joelho, fiquei três meses parado. Depois perdi a vaga, fui voltando, jogando pouco. Manifestei a vontade de voltar – disse.
Nas últimas conversas com Giulliano Bertollucci, o empresário passou apenas a oferta do Qatar, assegura o atacante.
– Ele me falou valores do Qatar. Conversei com minha família, gostamos dos valores. Mas o interesse é mesmo é ficar no Brasil. O Campeonato Brasileiro está diferente, muito bom, vários bons jogadores. Queria voltar para o Brasil – comentou.
– Giulliano me ligou na segunda, não passou propostas do Brasil – declarou.
Bate-Bola: Diego Tardelli
‘Cobrança nunca foi problema’
Roberto te passou algo? Sabe que o Anzhi baixou seu preço de 7 milhões de euros para 4 milhões?
Te juro que não estou sabendo. Falei com ele há uma semana atrás, convidando para meu jogo beneficente em Santa Catarina. Não me passou nada dos clubes que estavam interessados, só me falou sobre esse valor de 4 milhões, que o Anzhi teria aceitado baixar. Continuo com a minha versão. Muita gente pensa que eu estou negociado com vários clubes: Vasco, Grêmio, Inter, Atlético, Palmeiras... Mas ninguém falou nada comigo. Deve ter chegado ao Giuliano (empresário), ao Anzhi. Comigo, nada.
Gostaria de trabalhar com Felipão na próxima temporada?
Não o conheço, mas o Felipão é um treinador respeitável, tem uma maneira diferente de trabalhar. Campeão do mundo, quem sabe... Deixo o futuro para daqui duas semanas, para resolver... Seria uma honra trabalhar com Felipão, sim.
Pela pressão forte no Palmeiras, você prefere o Galo, onde é ídolo?
Logico que não, torcida do Brasil são todas assim. Joguei em grandes clubes, sempre fui bem recebido. Fiz meu trabalho sempre bem feito. não vai ter problema. A torcida é grande, fanática, cobra, porque o Palmeiras é grande. Joguei no São Paulo, times paulistas são diferentes, a cobrança é maior. Não estou preocupado com isso, nunca foi um problema para mim.
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