Volante gosta de biografias de atletas, livros de esporte, suspense, além da Bíblia
Fillipe Soutto tem na leitura um de seus hobbys
(Fotos: Marco Antônio Astoni / Globoesporte.com)
Em visita a uma livraria de Belo Horizonte, volante fala sobre os
temas favoritos e também sobre a expectativa pela próxima temporada
Por Leonardo Simonini e Marco Antônio Astoni
Belo Horizonte
Quem já viu ou ouviu uma entrevista do jovem volante do Atlético-MG, Fillipe Soutto, sabe que se trata de um jogador diferenciado. Com a bola no pé, ele é titular absoluto da equipe, e com as palavras foge dos bordões e das respostas pré-ensaiadas dos boleiros. Fillipe atribui esse hábito a outro, incentivado e quase “obrigado”, pelos pais: a leitura.
Aos 20 anos, o jogador só abandonou os estudos por causa do esporte, já que a conciliação entre as duas atividades é complicada. Mas numa visita a uma livraria de Belo Horizonte, o jogador mostrou que continua com o bom hábito da leitura.
- Sempre fui muito cobrado pelos meus pais para me dedicar no colégio, caso o futebol não desse certo. Por isso, sempre trabalhei essa parte intelectual porque é importante saber se expressar, se comunicar. E hoje, a maneira que consegui encontrar para continuar estudando é lendo livros na concentração, é estudando a Bíblia, é conversando sobre assuntos que nos enriquecem.
Agora de férias da bola, o volante tem mais tempo para se dedicar aos livros, conta qual é a leitura do momento e os temas favoritos.
- Gosto de ler muita coisa relacionada ao esporte, porque é um meio de me inspirar, tem o poder de enriquecer com ideias e conceitos. Gosto principalmente das biografias com atletas que passaram por dificuldades e conseguiram superá-las. Cativa e faz pensar que nós não temos limites para alcançar as vitórias. Também gosto de livros de suspense que saem um pouco da nossa rotina. No momento estou lendo um suspense do Alan Corben, autor que está em evidência no cenário internacional.
Superação e planejamento
No início do Brasileirão, Fillipe Soutto teve um problema no joelho direito e teve que passar por uma artroscopia. Por conta da lesão, o jogador ficou fora da equipe por 13 rodadas. Neste período, encontrou na Bíblia um alento.
- Me apeguei à Bíblia porque conheci algumas histórias que me ajudaram a superar aquele momento difícil. Aí vi que meu problema era pequeno e que eu poderia voltar com tudo para ajudar o Atlético-MG.
Recuperado, Fillipe ajudou o time a reagir e escapar do rebaixamento. Mas a lembrança que ficou para a maioria dos torcedores foi a vexatória derrota por 6 a 1 para o arquirrival na última rodada do Brasileirão.
Quando o assunto é futebol, o que vem à cabeça de muitos torcedores é a catastrófica derrota para o arquirrival, por 6 a 1. Fillipe reconhece que o resultado foi vergonhoso, mas faz questão de ressaltar que o ano não foi de todo ruim.
- É difícil pensar num jogo, mas devido às circunstâncias fica inevitável não pensar naquela apresentação. Sabemos que o ano foi conturbado, de uma pressão grande, e nós soubemos lidar com isso. Hoje, pensando friamente, sabemos que o Atlético-MG melhorou, cresceu, mas ainda tem que crescer. Independentemente do que aconteceu na última partida temos que exaltar o que foi feito antes, para que ano que vem a lembrança que venha é a do time guerreiro, e não do time que saiu envergonhado do último jogo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário