Arma bem utilizada

Dos seis gols marcados pelo Galo na competição, cinco foram oriundos de jogadas aéreas
Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:02/06/2011 07:00
Se no Campeonato Brasileiro do ano passado se mostrou vulnerável em jogadas aéreas, sofrendo derrotas que o deixaram quase toda a competição nas últimas posições, o Atlético resolveu inverter a situação e usar a estratégia a seu favor. Dos seis gols marcados nos dois primeiros jogos do Nacional`2011, cinco foram depois de bolas alçadas à área.
Para isso, o Galo conta com jogadores altos, como os zagueiros Réver (1,93m de altura) e Leonardo Silva (1,92m), e também com aqueles que sabem se posicionar, caso do atacante Magno Alves. Além disso, tem atletas que batem bem na bola, caso do volante Fillipe Soutto e do armador Giovanni Augusto, responsáveis por quatro dos cinco cruzamentos que resultaram em gol. O outro foi feito pelo atacante Mancini, que tem na “bola parada” uma de suas armas.
Para que tudo continue dando certo, a ordem é muita aplicação nos treinamentos específicos, já que a estratégia começa a ser estudada pelos adversários. Por isso, há sempre alguma novidade sendo preparada na Cidade do Galo.
“O Brasileiro é muito disputado e temos de usar todo nosso arsenal. E o bom é que o Atlético não tem só um cobrador ou só um jogador que sabe cruzar, todo mundo vem procurando aprimorar a batida na bola para que as coisas saiam como desejamos”, argumenta Mancini, autor do gol, de falta, que abriu o caminho para a vitória sobre o Cruzeiro, no primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro.
Ele foi titular no Estadual, mas, devido a edema na coxa direita, acabou ficando fora da estreia no Brasileiro, contra o Atlético-PR, em Sete Lagoas, na qual o Galo fez 3 a 0, com dois gols de cabeça de Magno Alves, dando lugar a Guilherme. Recuperado, entrou durante a partida com o Avaí, em Florianópolis e participou diretamente do terceiro gol, colocando a bola na cabeça de Leonardo Silva, que já havia feito o primeiro – o segundo foi marcado por Réver, também de cabeça.
Agora, ele espera a chance de retomar a condição de titular, mas se mostra bastante profissional. “Sei que conto com a confiança do treinador, mas preciso corresponder em campo”, declara o atacante. “Nosso grupo dá boas opções ao Dorival e isso é bom, pois sai um e entra outro sem que o ritmo caia.”
Quem também está à disposição para o jogo com o São Paulo é o volante Serginho, que cumpriu suspensão nos dois primeiros jogos. Já Leonardo Silva e Guilherme, que reclamaram contusões musculares, são dúvidas.
DE VOLTA À BASE Enquanto a equipe se prepara para enfrentar o São Paulo, cinco atletas da equipe profissional voltam aos juniores para a disputa do Torneio International Cor Groenewegen Toernooi (ICGT), em 11 e 13 de junho, em Uitgeest, na Holanda: o goleiro Paulo Victor, o lateral-esquerdo Eron, o lateral-direito Roger e os armadores Cláudio Leleu e Bernard. A delegação alvinegra segue para a Europa às 17h de domingo. Na primeira fase, o Atlético terá como adversários BSC Young Boys, da Suíça; UniStar Soccer Academy, de Gana; e a Seleção da Coreia do Sul. Também participam do ICGT as seleções do Quênia e Gâmbia, além dos FC Uitgeest, da Holanda, e Sporting, de Portugal.