sábado, 25 de junho de 2011

O olhar do Magnata

Consciente de que, mesmo sendo o líder em assistências, se não fizer gols será cobrado pela torcida, Magno Alves está confiante de que deixa sua marca contra o Flamengo, sábado
Ludymilla Sá - Estado de Minas
Publicação:22/06/2011 07:00
Nem só de gols vive um atacante. Pelo menos é assim com o atleticano Magno Alves. O jogador tem desperdiçado muitas oportunidades nos últimos jogos do Galo, mas é o líder em assistências do time do técnico Dorival Júnior (8). Ele sabe, no entanto, que se a bola não entrar, a torcida não vai perdoar. Por isso, pretende mudar o cenário no confronto de sábado, contra o Flamengo, no Engenhão, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.
Artilheiro do Atlético no Campeonato Mineiro (10 gols), Magno Alves não mantém a produtividade no Nacional e já sente na pele a apreensão da massa. Na rodada passada, foi vaiado em Sete Lagoas, apesar de ter sido um dos poucos a mostrar determinação e participado dos dois gols no empate por 2 a 2 com o Atlético-GO. “Isso é uma coisa que a gente já sabe, é normal. Nós, que vivemos de gols, temos de aproveitar as chances e fazê-los. Quando isso não ocorre, as vaias vão sempre ocorrer. Mas temos de ser valorizados pelo outro lado, o das assistências. Elas também valem. Somos um grupo e estamos todos nos ajudando”, afirma o atacante.
Coincidentemente, a escassez de gols tem sido uma constante na equipe atleticana, apesar das inúmeras chances criadas no Brasileiro. Para Magno Alves, isso é “apenas um detalhe”. “Se pegarmos o retrospecto de outras partidas, a gente tem criado inúmeras chances, mas não tem obtido sucesso. O adversário cria uma vez, vai lá e faz. Mas tenho certeza de que isso é só uma fase e que, no setor ofensivo, as coisas vão melhorar. Quando começarmos a marcar, o time vai engrenar”.
De qualquer forma, o Atlético está a uma posição da zona de classificação para a Copa Libertadores. Tem de vencer o Flamengo, de Vanderlei Luxemburgo, para não cair ainda mais na tabela. Não importa se vai jogar bem ou mal, terá de voltar para casa com o resultado positivo, segundo o atacante, que descarta qualquer vantagem sobre o adversário, em momento ruim.
“Temos de buscar os pontos, já que estamos deixando de ganhá-los em casa. É uma situação que não queríamos. Mas a equipe está se esforçando, não se entrega. Claro que não podemos nos contentar com a quinta colocação. Temos a oportunidade de mudar isso agora contra o Flamengo. Será um jogo difícil, independentemente da fase do adversário. Temos de pensar na gente, no que estamos fazendo. Somos um dos times que mais têm criado, temos de aproveitar as chances e acertar os gols.”
Paixão alvinegra de brasiliense
Motivado pela paixão pelo Atlético, herdada dos pais mineiros, o brasiliense Guto Ziller percorreu de patins 750 quilômetros de Brasília até a Cidade do Galo. Ele saiu da capital dia 13 e chegou ontem ao CT de Vespasiano. A cada 50 quilômetros do percurso, plantou um árvore. No CT alvinegro, foi recepcionado pelos jogadores Serginho e Daniel Carvalho e recebeu do diretor de futebol Eduardo Maluf uma camisa, na qual estampava o seu nome e o número dos quilômetros percorridos. Guto é sobrinho-neto de Adelchi Ziller, ex-conselheiro do clube e autor da enciclopédia Atlético de Todos os Tempos.

Nenhum comentário: