Renegados à espera

Dentro da reformulação feita no Galo, depois do Campeonato Mineiro, os goleiros Carini e Marcelo e o lateral-direito Sheslon estão sem espaço e não vão continuar no clube

Paulo Galvão - Estado de Minas

Publicação:

16/07/2010 07:00

A disputa do Campeonato Brasileiro recomeçou para o Atlético, mas para três jogadores isso não deverá ocorrer. Os goleiros Carini e Marcelo e o lateral-direito Sheslon não foram relacionados para o período de treinos em Atibaia (SP), semana passada, o que indica que estão fora dos planos do técnico Vanderlei Luxemburgo. O clube busca opções para os três, que poderão ser emprestados ou mesmo liberados, desde que de comum acordo, pois todos têm contratos em vigor.
No caso de Sheslon, o destino pode ser o mesmo de outro atleta que não seguiu com o grupo para o interior paulista, o zagueiro Samuel. Ele foi emprestado ao Paços de Ferreira, de Portugal, o que pode abrir boas perspectivas no mercado europeu.
Aos 23 anos, o lateral foi formado no próprio Galo e teve o compromisso estendido até 31 de dezembro de 2012. Profissional desde 2008, ele fez 16 partidas com a camisa alvinegra, além de ter defendido, por empréstimo, o Uberaba.
Ele continua treinando com os companheiros, à espera de uma definição sobre a sequência da carreira. Sheslon diz não ter sido informado de nenhuma proposta, mas continua treinando com a mesma vontade, pois sabe que as oportunidades podem surgir a qualquer momento, tanto no Brasil quanto no exterior.
Bem mais experientes, Carini e Marcelo não deverão ter dificuldades para encontrar clube. Aos 30 anos, o uruguaio chegou em 2 de setembro como promessa de solução para a camisa 1 alvinegra, que vive uma “maldição” desde a saída de Diego Alves, em julho de 2007. Com contrato até 1º de setembro de 2011, ele alternou bons e maus momentos e acabou perdendo a posição para Aranha.
O atual reserva de Fábio Costa também não conseguiu se firmar e perdeu a vaga justamente para Marcelo, de 26 anos. Apresentado em 29 de março, depois de firmar compromisso por dois anos, Marcelo estreou quase um mês depois, mas, com 10 gols sofridos em quatro jogos, também não agradou, fazendo a direção buscar no Santos o novo reforço para o gol. Uma volta ao Bahia, onde é ídolo, não está descartada.
NEGOCIAÇÃO
Além de definir o futuro dos três atletas, a diretoria do Galo está atenta à venda do atacante Kléber ao Porto-POR. Ontem, a imprensa portuguesa noticiou que a transação pode não ser efetivada, pois o Marítimo, clube português para o qual ele foi emprestado até o meio do ano que vem, exige uma compensação financeira para liberá-lo imediatamente.
Em junho, o Galo anunciou a venda de 50% dos direitos do jovem atacante por 2,3 milhões de euros (cerca de R$ 5,4 milhões). Com esse dinheiro, viabilizou a contratação do armador Diego Souza, que teve 50% de seus direitos adquiridos por 3 milhões de euros (cerca de R$ 7 milhões).
Em entrevista ao site Superesportes, o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, disse que o Marítimo é obrigado, por contrato, a liberar o atleta. À imprensa portuguesa, ele declarou que o caso pode parar até na Fifa. “O Kléber está aqui (no Brasil) e ou ele vai para o Porto ou é reintegrado ao Atlético até que tudo se resolva. Para o Marítimo ele não volta, isso eu garanto.”