Paulo Galvão - Estado de Minas
É impressionante como o Atlético tem fraquejado em momentos decisivos do atual Campeonato Brasileiro. Ontem, com casa lotada no Mineirão, poderia ter assumido a liderança, mas acabou derrotado por 3 a 1 pelo Flamengo e, em vez do primeiro lugar, caiu para o quarto, ultrapassado justamente pelo rubro-negro, que, entrou definitivamente na briga pelo título.
Mesmo com a derrota, que frustrou a massa, o Galo continua com boa chance de ser campeão. Embora já não mais dependa de si, está a apenas três pontos do líder, São Paulo. Só não pode voltar a vacilar. Para manter o sonho do título, é fundamental se reabilitar diante do Coritiba, sábado, no Couto Pereira, para não correr o risco de perder até a vaga no grupo dos que lutam para se classificar à Copa Libertadores.
A derrota para o tradicional rival foi uma ducha de água fria na torcida atleticana, que mostrava entusiasmo mesmo com o trânsito complicado para chegar ao Mineirão. Quanto mais perto do estádio, mais fortes eram os gritos. Lá dentro, um barulho ensurdecedor acompanhou o começo do jogo e parecia não deixar os jogadores do Flamengo pensarem.Mas o rubro-negro soube suportar a pressão inicial. Para completar, contou com o talento individual de Petkovic para abrir o marcador, aos 9min: o sérvio cobrou escanteio da esquerda, Thiago Feltri ainda raspou a cabeça na bola, mas não impediu o gol olímpico.
A torcida não se abateu e empurrou o time. Que quase empatou aos 15min, quando Éder Luís aproveitou de primeira cruzamento rasteiro de Carlos Alberto da direita, mas Bruno conseguiu defender. A maior dificuldade alvinegra era na saída de bola. Como Jonílson e Renan não são especialistas na função, a bola não chegava para Ricardinho e, em consequencia, Diego Tardelli e Éder Luís ficavam isolados.
Com a vantagem, o Fla se fechou atrás, armando verdadeira muralha à frente da defesa e só indo à frente em contra-ataques. Justamente em um deles ampliou aos 39min, depois de jogada bem tramada, que permitiu a Maldonado chegar livre na entrada da área, passar por Werley e chutar no canto de Carini. Aos 44min, Correa perdeu clara chance, ao receber de Éder Luís livre na área e chutar por cima.
ESPERANÇA EM VÃO
O primeiro tempo terminou com a massa pedindo a entrada do volante Serginho. Mas quem voltou para o segundo foi o armador Evandro, no lugar de Renan. Mais ofensivo, e também ligado, o Galo conseguiu diminuir logo aos 5min. Thiago Feltri cruzou da esquerda, a zaga cortou mal e Ricardinho só desviou, reacendendo o Mineirão.
No embalo da torcida, o alvinegro tentou pressionar. “Vamos virar, Galô!”, gritava cada garganta alvinegra, incentivando os jogadores. O Flamengo, sem se abalar, manteve o bom comportamento defensivo e passou a criar chances, principalmente pela direita, exigindo muito de Carini. A cada giro do cronômetro, a partida ficava mais dramática. A cada chance perdida ou passe errado, eram suspiros e palavrões soltos no ar. Aos 36min, porém, só se ouviu o grito da pequena torcida rubro-negra. Fierro cruzou da direita e Adriano, de cabeça, antecipando-se à zaga, desviou para as redes, com a bola ainda batendo no pé de Benítez antes de entrar e definir a importante vitória carioca.
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