Ivan Drummond - Estado de Minas
A que ponto chega a paixão do torcedor por seu time de futebol? E quando se trata do atleticano? O que ele é capaz de fazer? Dizer que ele é capaz do impossível não é cometer nenhum exagero. A prova disso foi dada ontem pelo jovem executivo Thiago Palhares, de 29 anos, que trabalha na mineradora Bucyrus, com sede em Milwaukee (Estados Unidos).
Ele viria a Belo Horizonte para algumas reuniões, mas a possibilidade de rever seu time do coração, principalmente contra o Flamengo, num momento especial, fez com que antecipasse a vinda. Ele saiu de Milwaukee no sábado, passou por Chicago e fez a conexão para Miami, de onde o avião decolou em voo direto para BH. "A ansiedade é grande", conta Thiago, que está há um ano sem visitar a família, a cidade e seu time do coração. O desembarque em Confins foi ontem às 11h. O pai, Manoel, e a mãe, Andréa, estão esperando o filho, que desembarcou vestido com a camisa do Galo. “Não tem essa de tomar banho e trocar de roupa, não. O negócio é ir direto para o Mineirão. Quero chegar cedo.”
A opção feita por ele foi uma churrascaria em frente ao estádio, previamente reservada. Lá, uma grande festa para Thiago no dia do reencontro com o Galo, mais que isso, com a massa. “Sofro de longe ao ouvir o jogo pela internet, de não estar no meio dessa torcida”. Thiago narra seu ritual. “Eu e minha mulher, a Tatiana, somos os únicos atleticanos de Milwaukee. Vestimos a camisa e vamos para a frente do computador. Já tentei ver via internet, mas é muito ruim, pois corta o tempo todo e parece que o jogo está cinco minutos atrasado em relação ao rádio. É assim que fico sabendo dos resultados. É quando estamos mais próximos daqui de casa. Mas não é só escutar a transmissão radiofônica. Acompanho o time e como está a competição pelo site Superesportes”.
Emoção
Thiago e a família já almoçaram. São 14h30. É hora de entrar no estádio. Thiago está ansioso. “Tem mais de um ano que vi o Galo pela última vez. Não vejo a hora de entrar.” Lá dentro, ele está de novo entre os seus. Está emocionado. Uma vez do lado de dentro, solta o grito de “Galôôôô... “, canta junto com a torcida e espera por uma vitória. Que acabou não vindo. Mas Thiago, embora decepcionado, não desiste de sua paixão: “Ainda dá para lutar pelo título.”
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário