segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Que Galo é esse? (23/11)

Ludymilla Sá - Estado de Minas

Time do técnico Celso Roth volta a atuar mal diante da torcida, perde, agora para o Internacional (1 a 0), e praticamente se despede do título

Mais uma vez o Atlético brincou com a sorte no Campeonato Brasileiro. Perdeu para o Internacional ontem à noite, por 1 a 0, gol de Giuliano, em pleno Mineirão, ficou mais distante do título e ainda vê o caminho para a Copa Libertadores do ano que vem ficar mais tortuoso. Apesar de ter permanecido na posição onde estava, vai enfrentar o Palmeiras, domingo, às 17h, no Parque Antártica, em mais um confronto direto, válido pela penúltima rodada. E pode ainda perder lugar para o Cruzeiro, o maior rival, se não vencer. Já o Colorado abriu três pontos e melhorou na classificação, comemorando a invencibilidade, agora de 12 jogos sobre o alvinegro, desde 2003, quando o campeonato passou a ser disputado por pontos corridos. Definitivamente, foi um jogo de paciência e de baixa qualidade técnica. O Atlético foi facilmente envolvido pelo Internacional, como o técnico Mário Sérgio avisara dias antes do confronto. O Colorado jogou fechado, testou o Galo o quanto pôde, sobretudo no primeiro tempo, conseguiu jogar a torcida contra o alvinegro e abriu o placar numa falha do adversário. A defesa bobeou pela ala esquerda, permitindo cobrança de falta rápida para Alecsandro. O goleiro Carini saiu de qualquer jeito para defender e foi encoberto pelo atacante. A bola bateu na trave e voltou nos pés de Giuliano, que chutou de primeira para o fundo do gol. Em vantagem mínima no jogo, o Inter foi ousado, ao se arriscar com um futebol retrancado. Certo é que o time gaúcho se fechou ainda mais e passou a tocar a bola para administrar a vantagem e obteve sucesso, enquanto o Galo, sem conseguir romper a barreira adversária, arriscava chutes de longe. O alvinegro não teve paciência, muito menos inteligência para jogar. Insatisfeita, a torcida passou a pedir raça aos jogadores, que sequer levaram perigo ao gol de Lauro, sobretudo na primeira etapa. Revolta da massa O tempo no vestiário parece não ter sido suficiente para os atleticanos se acertarem. O time voltou para o segundo tempo tão perdido quanto antes. Teve algumas oportunidades, mas, quando o goleiro do Colorado não defendia, o time não tinha tranquilidade suficiente para concluir. O Internacional, completamente fechado, teve duas chances de perigo com Taison, que entrou no segundo tempo e aparecia como elemento surpresa no ataque atleticano. Numa delas, o zagueiro Welton Felipe não conseguiu acompanhar o jogador. Sorte que Carini fez boa defesa, impedindo um vexame maior. Mas o Galo foi valente e buscou o empate até o fim da partida, mesmo com jogadores visivelmente desgastados. A torcida, porém, não perdoou e a equipe saiu de campo vaiada e aos gritos de “timinho”.

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