segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Galo perde e sonho da Libertadores fica longe (22/11)

Bem marcado, Tardelli teve poucas chances

Galo teve dificuldade em fugir da marcação e abusou dos cruzamentos para a área


Vicente Ribeiro - Portal Uai




Atlético sofreu a terceira derrota seguida, dessa vez contra o Internacional


O Atlético voltou a decepcionar a torcida ao sofrer mais um tropeço no Mineirão, novamente em jogo decisivo. A derrota para o Internacional, por 1 a 0, na noite deste domingo, deixou o Galo muito mais longe da briga pelo título do Campeonato Brasileiro. E também dificultou a tarefa do clube em garantir vaga na Copa Libertadores de 2010. O gol solitário da partida saiu aos 15min do primeiro tempo, com Giuliano.
A derrota - a terceira consecutiva no Brasileiro - só não tirou do Galo a chance de ainda chegar ao título em função do tropeço do São Paulo para o Botafogo, no Rio de Janeiro. Além disso, o Flamengo ficou apenas no empate com o Goiás, no Maracanã. Se um dos dois tivesse vencido, o Atlético já não teria mais chance de ser campeão. Mas o resultado foi péssimo também para as pretensões do clube em voltar a disputar a Libertadores.
Ao perder para o Internacional, concorrente direto na disputa pela Libertadores, o Atlético viu os gaúchos abrirem três pontos, subindo ao terceiro lugar, ultrapassando o Palmeiras. O Galo, ainda com 56 pontos, fechou a rodada em quinto lugar. Os alvinegros têm a mesma pontuação do Cruzeiro, mas levam vantagem no saldo de gols: 4 a 1.
Na próxima rodada, o Atlético sairá para pegar outro time que briga pelo título e pela Libertadores: o Palmeiras. O jogo será no domingo que vem, no Palestra Itália. Para continuar mantendo a chance de ao menos conquistar vaga no torneio continental, o Galo terá de vencer o alviverde e outro time paulista, o Corinthians, na última rodada. O Inter, em situação confortável, terá como adversário o rebaixado Sport, na Ilha do Retiro.Assista ao compacto de Galo x Internacional
O jogo
Mesmo desconfiada pelas derrotas consecutivas nas duas rodadas anteriores, a torcida do Galo compareceu e chegou animada ao Mineirão, na expectativa de que o time desse a volta por cima contra o Internacional. Porém, os gaúchos mostraram logo de cara que seriam um adversário duro. Com um meio-campo forte, comandado pelo incansável Guiñazu, o Colorado bloqueou as principais peças do Atlético. E jogou como queria, partindo para o contra-ataque.
O Atlético tinha dificuldade com a falta de espaço para jogar. O meio-campo estava congestionado, o mesmo ocorrendo com as laterais. Diego Tardelli saía da área, mas não tinha com quem tabelar. Ninguém aparecia. Para complicar, o Internacional levava perigo nos avanços pela esquerda, com Kléber. E ainda contava com alguns vacilos da defesa mineira.
Para complicar de vez, o Internacional saiu na frente logo aos 15min. Alecsandro foi lançado na área, pelo lado esquerdo, a defesa parou e o atacante tirou Carini da jogada, mas a bola tocou tocou na trave. No rebote, Giuliano emendou para as redes. A torcida murchou, e o Galo foi junto. Se as jogadas estavam difíceis de sair, ficou ainda pior depois da desvantagem.
Lento na saída de bola, o Atlético não conseguia criar pelo meio-campo. Com isso, tentou chutes de longa distância, com Jonílson e Correa, sem perigo. Satisfeito com a vantagem, o Internacional passou a se preocupar em marcar, vigiando de perto Ricardinho e Diego Tardelli. O Galo ainda perdeu Carlos Alberto, que foi atingido pelo goleiro Lauro em disputa de bola e deixou o campo com suspeita de nariz. Evandro foi o substituto.
O Atlético tentou pressionar, mesmo sem conseguir chegar com perigo à área de Lauro. A dificuldade para fugir do encalço dos gaúchos persistia. Diego Tardelli insistia em buscar jogo, mas estava bem marcado. E Éder Luís passou quase que despercebido em campo no primeiro tempo. Só foi notado por causa dos erros. Na saída para o intervalo, Ricardinho deu a receita para a reação. “Temos de ter paciência, trabalhar mais a bola, procurar criar oportunidades para chegar ao gol”, recomendou.
Protesto no fim
O Internacional voltou para o segundo tempo com Taison no ataque, na vaga de Alecsandro. Seria uma boa arma para os contra-ataques. Mas o Atlético foi com tudo, não se importando com os riscos. Afinal, a derrota significaria o fim do sonho do título e praticamente da Libertadores. O técnico Celso Roth trocou um atacante por outro, Éder Luís - que saiu vaiado - por Alessandro. E quando ele se preparava para colocar Rentería, Welton Felipe deixou o campo com uma contusão muscular, substituído por Alex Bruno.
Foi um duro golpe para quem precisava de mais força ofensiva para pressionar o adversário. Mas o Galo foi valente, buscou o empate até o fim, mesmo com alguns jogadores visivelmente desgastados. Entretanto, a consistente marcação gaúcha conseguia aliviar. O serviço foi facilitado pela insistência nos cruzamentos, sempre interceptados pela defesa colorada. Depois do apito final, a torcida protestou: os jogadores tiveram que deixar o campo ouvindo gritos de ‘timinho’.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO
0 x 1
INTERNACIONAL
Escalações
Carini; Carlos Alberto (Evandro), Werley, Welton Felipe (Alex Bruno) e Thiago Feltri; Jonílson, Márcio Araújo, Correa e Ricardinho; Éder Luís (Alessandro) e Diego Tardelli
Lauro; Danilo Silva, Índio, Bolívar e Kléber; Sandro, Guiñazu, Giuliano e D´Alessandro (Glaydson); Marquinhos (Andrezinho) e Alecsandro (Taison)
Técnicos
Celso Roth
Mário Sérgio
Gol
Giuliano, 15min, 1ºT
Local: Mineirão, em BH Público: 41.842 pagantes Renda: R$ 571.535
Árbitro: Cleber Wellington Abade (SP)Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Vicente Romano Neto (SP)
Motivo: 36ª rodada do Campeonato Brasileiro



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