Para esquecer 2008 (21/12)

Estado de Minas

O técnico Emerson Leão descansa, com a família, em São Paulo, aproveitando bem as festas de fim de ano, mas não consegue tirar os olhos do Atlético, por saber que sua missão é árdua. Para ele, o que mais importa é trabalhar para que, quando chegar dezembro de 2009, todos no Galo – torcida, dirigentes, jogadores, membros da comissão técnica e auxiliares – possam ter um final feliz, totalmente diferente da atualidade. O treinador voltou a confirmar ontem que deixou com o presidente Alexandre Kalil uma lista de prioridades, com alguns nomes para cada posição em que sente necessidade de reforços. Mas foi bem claro: “Vou sentir realmente o que tenho nas mãos só a partir de 5 de janeiro, quando começarmos o trabalho”. Um dia antes, ele estará em Belo Horizonte.
As ofertas são muitas, apesar de o técnico lembrar que a preferência do melhor produto é sempre o exterior. Leão tem acompanhado tudo que é relacionado ao Galo e a possíveis reforços: “A verdade é que tëm aparecido alguns nomes que merecem uma análise e que até podem fazer parte do nosso grupo. Mas não quero falar neste ou naquele. Estou em contato com o presidente e vamos fazer as melhores opções. Mas a todo instante chega um nome novo”. Ele não quis falar sobre os ex-cruzeirenses Jadílson e Maicosuel (esse jogou no Palmeiras e está nos planos também do Botafogo) e Adeílson, do Ipatinga. O que fica evidente é que, se o Atlético tiver recursos por meio de parcerias, poderá contar com os três, pela qualidade técnica e experiência.
O que o técnico pode dizer é que, pela expectativa criada no ano do centenário e com os objetivos não sendo alcançados, os jogadores que permanecem em 2009 têm de estar conscientizados de que terão de produzir muito mais: “Lutaram, foram aplicados, se esforçaram, mas não foi uma temporada bem- sucedida. Precisam da reabilitação, o que faz parte da vida de todo profissional. Esse não pode, em duas temporadas, não alcançar seus objetivos. Tem de progredir”.
VERDADE PARA SER DITA
Leão aproveita e manda mais um recado para os goleiros Édson e Juninho, para que eles se sintam confiantes para a próxima temporada: “O que não quero é que se repitam as coisas que ouvi sobre o relacionamento entre eles. Quero ambos com toda a energia possível, fixados no futuro, pensando num trabalho com harmonia e dedicação. É assim que tem de ser. Eles precisam centrar unicamente no que acabei de falar. O resto não interessa”.
Quem estiver com a melhor condição física será o escolhido, garante o técnico, ao assegurar também que não haverá qualquer problema de comando, porque todos sabem como ele age: com clareza e falando sempre o que tem de ser dito, para que não fique dúvida, dando chance para desconfianças.
O treinador também falou sobre o zagueiro Marcos: “Nosso trabalho em 2007 foi sempre normal. Conversamos o que tinha de ser dito dentro da atividade profissional. As pessoas que dirijo sabem que comigo é na bucha. Tudo tem de ser limpo para o bem da atividade coletiva. Não pode ficar nenhuma insegurança. As verdades precisam ser sempre ditas”. (AM)