Festa em branco e preto na noite...

Atleticanos tomam a Praça 7 e passam a madrugada comemorando a conquista do título da competição. Celebração se estendeu pelo Centro e não tinha hora para terminar
Elian Guimarães - Estado de Minas
Publicação:26/07/2013 08:37
A noite foi longa e Belo Horizonte não dormiu na madrugada de ontem. As comemorações dos atleticanos pela conquista do título inédito da Copa Libertadores vararam a madrugada e continuaram durante todo o dia. No início da tarde, a confluência das avenidas Afonso Pena e Amazonas foi interditada por policiais de trânsito, garantindo que centenas de torcedores permanecessem ao redor do Pirulito da Praça Sete.
Antes mesmo do pontapé inicial do jogo da quarta-feira, mais de 2 mil torcedores, segundo estimativa do sargento Otávio, do 1º Batalhão de Polícia Militar, lotaram o primeiro quarteirão da Avenida Amazonas, onde vários bares mostravam o jogo em telões e TVs de alta definição. Casais, turmas de amigos e de trabalho, homens e mulheres de todas as idades lotaram a região. Muitos fogos provocavam barulho ensurdecedor pelo eco nos edifícios da Região Central.
O trecho entre as ruas da Bahia e Espírito Santo foi interditado e o trânsito desviado. Segundo o sargento, a interdição não estava prevista, mas a decisão foi tomada pela polícia para garantir a segurança dos torcedores. Muitas pessoas pintaram o rosto e se fantasiaram. Vários grupos exibiam coreografias relacionadas ao time do coração. A emoção tomou conta de todos durante os 120 minutos da partida (30 de prorrogação) e a Massa explodiu no momento em que Giménez, do Olimpia, chutou a cobrança do pênalti na trave, garantindo o título ao Galo.
Tão logo terminaram as cobranças, a torcida tomou toda a Praça 7, com muitos fogos, abraços e gritos emocionados. O hino do Galo era cantado pela multidão que ia engrossando cada vez mais com a chegada dos torcedores vindos do Mineirão. Fantasias, bandeiras e faixas de campeão da Libertadores eram vendidas em bom número. Famílias inteiras comemoravam.
EXALTADOS Carros com bandeira do Galo e ao som do hino atleticano provocaram longas filas em todo o Centro de BH e imediações. A multidão, no auge das comemorações, foi estimada pela PM em mais de 30 mil pessoas, mas ainda segundo a polícia, devem ter passado pelas ruas do Centro em torno de 80 mil. Apesar da aglomeração nenhuma ocorrência mais grave foi registrada. Alguns torcedores mais exaltados eram contidos pelos próprios atleticanos. Uma banca de revista localizada na Praça Sete foi danificada por torcedores que subiram no teto, mas foram retirados por policiais.
À medida que a madrugada chegava, alguns mais exaustos iam se retirando, outros dormiram pelas ruas mesmo, mas uma grande massa formada principalmente por jovens permaneceu até o amanhecer.
FALA, CAMPEÃO!
“Desde pequena vi meu pai torcer pro Galo. Meu irmão mais velho. Meus amigos... Por eles eu me apaixonei e torci como nunca! Aqui no frio de Sampa, debaixo de muita coberta, sozinha, vibrei e chorei de emoção e alegria em saber que meu pai estava lá, junto com meu irmão, no Mineirão vendo a história se fazer!!!”
Fafá Rennó, atriz