sábado, 25 de junho de 2011

Vacilos custam a saída do G-4

Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:20/06/2011 07:00
Paciência foi a palavra-chave no duelo entre o Atlético e seu xará goianiense, ontem à noite, na Arena do Jacaré. Faltou tranquilidade aos jogadores alvinegros e à própria torcida, que não suportou tantos erros e começou a vaiá-los intensamente. A pressão das arquibancadas por pouco atrapalhou os mineiros, que saíram de campo insatisfeitos com o empate por 2 a 2 com os rubro-negros. Falta muito para o Galo tornar-se competitivo e condições de vencer a competição nacional. A lição que fica é que a equipe precisa de regularidade nos 90 minutos para voltar à zona da Libertadores.
O público fez sua parte. Compareceu em grande número no estádio (mais de 15 mil pagantes) e apoiou o time em todos os momentos. Estava confiante e só queria ver uma coisa: futebol envolvente, com triangulações, velocidade pelas laterais e, principalmente, muitos gols, que fizeram falta na derrota para o São Paulo (1 a 0), na Arena do Jacaré, e no empate com o Bahia (1 a 1), em Salvador.
O técnico Dorival Júnior admite que a equipe ainda está em fase de testes. Diante do xará goianiense ele fez novas apostas, como o lateral-direito Roger, o volante Gilberto e o armador Daniel Carvalho. Se a primeira impressão é a que fica, os dois primeiros certamente precisarão de tempo para cair nas graças das arquibancadas. Numa competição longa e complicada, eles podem ser importantes nos próximos jogos, porém ainda precisam de ritmo de jogo – caso também de Daniel Carvalho – e entrosamento com os companheiros para assegurar a camisa de titular.
O principal problema continua sendo o setor ofensivo, já que Mancini não emplaca, Guilherme ainda busca melhor forma e Magno Alves não vem sendo um definidor. Precisam de paciência e capricho para pôr a bola no fundo das redes. O volante Serginho traduziu perfeitamente o sentimento atleticano depois do empate indigesto: “Não podemos deixar escapar pontos importantes em casa, ainda mais no início do Brasileiro. Até que fizemos boa partida, mas perdemos muitas oportunidades. Tranquilidade é fundamental para matarmos o jogo ainda no primeiro tempo. Não podemos culpar ninguém pelo empate. Somos uma equipe unida e todos reconhecemos nossos erros”.
MUITAS FALHAS Os erros individuais foram cruciais para o Galo levar os gols. De positivo ficou a vontade nos minutos finais e a reação. Mas o time precisa controlar a ansiedade na hora de concluir a gol. Ontem, os donos da casa quase se complicaram. Levaram o primeiro gol depois de falha do volante Gilberto, que estreava como titular. O atacante Marcão aproveitou passe de Vítor Júnior e empurrou para o fundo das redes.
Na etapa complementar, o jogo foi emocionante, o que se traduziu no placar. A insistência do Atlético deu certo e o empate ocorreu aos 30min. Em falha defensiva dos goianos, Magno Alves passa para Renan Oliveira chutar forte e empatar a partida. Contudo, a vantagem não durou muito, pois Vítor Júnior arriscou de longe e contou com falha de Renan Ribeiro para pôr os visitantes à frente de novo. Mas o atacante Guilherme, que entrou no segundo tempo, salvou o Galo da derrota no fim. O time alvinegro pressionou muito nos acréscimos, mas não conseguiu virar.

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