sábado, 25 de junho de 2011

Carta boa na manga

Mesmo ainda sem lugar cativo no time alvinegro, atacante Guilherme pode ser o trunfo de Dorival Júnior na difícil partida contra o Flamengo, sábado, no Engenhão
Ludymilla Sá - Estado de Minas
Publicação:21/06/2011 07:00
Ele tem mostrado, aos poucos, afinidade com a camisa alvinegra e dado resposta em campo. Habilidoso e inteligente, o atacante Guilherme fez, na partida contra o Atlético-GO, na rodada passada, o primeiro gol pelo Atlético e pode ser um trunfo contra o Flamengo, sábado, às 18h30, no Engenhão. O jogador, no entanto, não tem lugar cativo entre os titulares, segundo o técnico Dorival Júnior, que reencontrará Vanderlei Luxemburgo, a quem substituiu no próprio Galo e no Santos.
O aproveitamento de Guilherme diante do rubro-negro é satisfatório. Em 2007 e 2008, quando ainda defendia o Cruzeiro, marcou gols em dois dos quatro confrontos com o time carioca. No primeiro ano, na derrota por dos celestes por 3 a 1, ele saiu do banco de reservas para fazer o de honra em partida da 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Já titular no ano seguinte, antes de ser negociado com o Dínamo de Kiev, marcou um dos gols do triunfo por 2 a 1 sobre os cariocas pela 17ª rodada.
Desde que chegou ao Galo, em março deste ano, ele só foi titular duas vezes – na goleada por 3 a 0 sobre o Atlético-PR e na vitória por 3 a 1 sobre o Avaí. Antes, estava em fase de readaptação ao futebol brasileiro. E saiu da equipe porque se machucou. Recuperado, ele assegura ter condições de ser titular e muita vontade de jogar, mas destaca que a decisão sempre será do treinador. “A vontade não pode existir a partir de uma cobrança, tem de existir sempre e cada jogador tem de exigir de si. Nos outros jogos, também atuei com vontade, mas o gol não saiu. Então o brilho foi um pouco menor”, acrescentou.
Apesar de destacar as virtudes de Guilherme, Dorival Júnior pondera. “Mexo com o grupo e temos de ter critérios. O jogador saiu machucado. Está voltando e será aos poucos. Não sei se o rendimento do Guilherme seria tão intenso se ele tivesse entrado desde o início (contra o Atlético-GO). O treinador precisa pensar em muitos aspectos para definir uma equipe. Todos os jogadores que têm voltado de lesões têm entrado depois, ou nem entrado, e brigado por uma posição posteriormente. O Guilherme é um excelente jogador, sei muito bem o valor que tem e acho que aos poucos ele vai retornando.”
O mesmo vale para o volante Dudu Cearense. “É um fato natural. O Dudu, a cada momento que entra, sempre evolui um pouco mais. Volto a dizer que sigo alguns critérios. Vou conversar bastante com o Dudu e tentar aproveitar o máximo desse jogador. A partir do momento que ele estiver se sentindo mais confortável, com certeza, passa a ser uma função nossa a definição da titularidade”, disse o treinador.
VITÓRIA NECESSÁRIA De qualquer forma, um triunfo sobre o Flamengo já se faz mais do que necessário. O Galo não vence há três rodadas (perdeu para o São Paulo e empatou com o Bahia e com o xará goianiense) e cai na classificação. Mesmo fora de casa na próxima rodada, pode se aproveitar da fase crítica dos rubro-negros. O time de Luxemburgo está invicto no Brasileiro, mas vem de quatro empates seguidos e já sofre com as duras cobranças dos torcedores.
Dorival Júnior não aponta queda de rendimento do alvinegro, que saiu do grupo dos quatro melhores. “Não existe jogo fácil, independentemente do nome do adversário. A qualidade de um Campeonato Brasileiro é bem superior a de um estadual. Daqui para a frente a tendência é de que as equipes melhorem ainda mais, que haja um crescimento de todas elas. Precisamos de tranquilidade para trabalhar e sabemos que as cobranças serão grandes ainda, mas o Atlético está procurando jogar, está tentando encontrar um caminho, desde que a postura continue a mesma.” O Galo começa hoje, em dois períodos, os preparativos para o jogo no Rio.

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