quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Retrospecto ruim? Melhor é esquecer

Ludymilla Sá - Estado de Minas

Publicação:19/08/2010 07:00

O Atlético fará, domingo, contra o Santos, na Vila Belmiro, o primeiro jogo fora de casa, depois de duas vitórias seguidas no Ipatingão (sobre o Prudente, pela Sul-Americana, e Guarani, na rodada passada do Campeonato Brasileiro). O objetivo é manter o embalo e assegurar os três pontos, mais do que fundamentais para o alvinegro sair da zona de rebaixamento. Mas vencer o Peixe em seu caldeirão nunca foi tarefa das mais fáceis. O retrospecto no Estádio Urbano Caldeira é amplamente favorável aos santistas. Dos 17 confrontos entre os clubes na Baixada até hoje, o Galo só venceu três. Dois deles, nos Brasileiros de 2008 e 2009, ambos por 3 a 2 e de virada. Anteriormente, ficara 60 anos sem ganhar no local.
O armador Diego Souza sabe bem como é jogar na pressão da Vila Belmiro. Afinal, tem uma carreira consolidada no futebol paulista e mostra a receita para vencer o alvinegro praiano em seus domínios. “O Santos sabe explorar bem o fator casa. O campo parece pequeno por causa da proximidade da torcida, mas não é bem assim. A gente tem de chegar e pressionar. E temos condições para isso. Não podemos ficar jogando lá atrás, porque corremos o risco de tomar um gol. Aí sim, o campo se torna acanhado e fica muito difícil a recuperação. Temos de jogar de igual para igual desde o início.”
Para o jogador, faltava ao Galo um pouco mais de confiança. Os dois triunfos consecutivos foram fundamentais para o grupo ganhar um pouco mais serenidade. “Atuar sob pressão nunca é bom, mas conseguimos dois resultados importantes, que nos fizeram retomar a autoestima num momento em que teremos dois jogos difíceis fora de casa. A tendência agora é melhorar tecnicamente nos próximos dias. Temos de manter a mesma pegada lá, fazer um bom jogo e vencer”, afirma o armador, referindo-se ainda ao jogo contra o Flamengo, quinta-feira, no Maracanã.
O jogador ganhou o status de principal reforço do clube. Ganhou do próprio Atlético, inclusive, a camisa nº 1. Ele sabe da responsabilidade que isso acarreta e assegura estar preparado para as cobranças. “Isso não me incomoda, estou acostumado. Sei que tenho sempre que melhorar. Mas já me sinto bem melhor fisicamente.”
MOMENTO CERTO O lateral-direito Rafael Cruz também confia em novo triunfo atleticano, mesmo na casa adversária. Ele espera ter contra o Santos a segunda chance entre os titulares. “Rapaz, sabe que até eu já estava duvidando do que era capaz? É que quando cheguei, ficou aquela expectativa da estreia, que não ocorreu. Aí, provocou a desconfiança. Mas tudo tem o momento certo. A oportunidade veio contra o Guarani e acho que correspondi. Na vida a gente tem de ser humilde. Sei que tenho de melhorar muito ainda. Meu objetivo é ter uma sequência.”
Para ele, enfrentar o Santos repleto de desfalques e em processo de desmanche não é vantagem. “Será um jogo muito difícil. Claro que os jogadores que estão fora têm suas qualidades, mas o Dorival (Júnior, treinador) sabe o que faz. Sabe armar bem uma equipe. Mas não temos de ficar pensando nisso, porque não podemos perder o fio da meada.”
Sem Leandro e Fernandinho, contundidos, Diego Macedo treinou, ontem, na lateral esquerda. O volante Edison Méndez e o zagueiro Réver também foram titulares no coletivo. De acordo com a assessoria de imprensa, a situação do defensor está resolvida. O Wolfsburg recebeu a garantia de pagamento do grupo investidor que o contratou e liberou a documentação.

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