Para Vanderlei Luxemburgo, Atlético joga em campo neutro sem Mineirão

Treinador aponta falta de um estádio disponível na capital mineira como dificuldade a mais para o time no Brasileiro, e pede agilidade nas obras do Independência

Vicente Ribeiro - Portal Uai

Publicação:28/08/2010 17:27


Uma das grandes dificuldades enfrentadas pelo Atlético neste Brasileiro, de acordo com o técnico Vanderlei Luxemburgo, é a falta do Mineirão. Fechado para obras visando à Copa do Mundo de 2014, o estádio da Pampulha só será reaberto, segundo as previsões, em janeiro de 2013. Preocupado, o treinador pediu pressa na conclusão do novo Independência, também interditado para extensa reforma.
Sem um estádio disponível na capital mineira, o Atlético buscou opções no interior. Primeiro, mandou jogos na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, mas o aproveitamento não foi bom: duas derrotas, para Cruzeiro (1 a 0) e Internacional (2 a 1), e uma vitória, contra o Atlético-GO (3 a 2), rendimento de 33,3%. O baixo retrospecto levou a diretoria a mudar o mando de campo para o Ipatingão, onde o time derrotou Grêmio Prudente (1 a 0), pela Sul-Americana, e Guarani (3 a 1), pelo Brasileiro.
Apesar do aproveitamento melhor no Ipatingão, Vanderlei Luxemburgo ainda lamenta o fato de o Atlético ser obrigado a jogar fora de BH, já que os dois estádios da cidade estão fechados para reformas. “Esse é o maior problema que o futebol mineiro está enfrentando. Não jogamos em casa nunca. Mesmo em Ipatinga, vamos jogar em um campo neutro e isso fortalece o adversário”, avaliou.
O treinador considera que os adversários têm conseguido aproveitar o fato de o Galo atuar longe da capital mineira. “Jogamos em Sete Lagoas contra o Internacional, uma grande equipe, com 3 mil pessoas. E isso motiva o time visitante a passar por cima. A vantagem do Atlético é o calor da torcida, e perdemos isso. Jogamos sempre fora de casa”, lamentou.
Luxemburgo fez um pedido para que as obras do Independência, atrasadas por causa da burocracia, sejam aceleradas para o Atlético voltar a ter um estádio disponível em BH. “É preciso ter consciência política para entender que o futebol mineiro teve um prejuízo grande. Tem de acabar com esse negócio e tratar de fazer o Independência ficar pronto. Do contrário, os clubes mineiros serão prejudicados”, comentou.