quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sem repetir feito de 2009 no Atlético-MG, Tardelli se prepara para críticas 25/08/2010 - 07h04


Diego Tardelli nega que tenha mudado sua característica de atuar e admite que fase está ruim
Gustavo Andrade
Em Vespasiano (MG

Principal artilheiro do futebol brasileiro em 2009, com 42 gols marcados em jogos oficiais, o atacante Diego Tardelli chega ao final de agosto de 2010 distante desta marca. Na atual temporada, o camisa 9 contabiliza 20 gols em partidas oficiais. Incomodado com as poucas bolas que passam pelos goleiros adversários, ele afirma que está preparado para as críticas.
“Procuro fazer minha parte em campo, tento manter o que vinha fazendo no ano passado, me esforçar ao máximo para fazer gols. Quando as coisas não dão certo, acaba sobrando para todos, principalmente os mais experientes. Por isso que estou sempre preparado para críticas, a hora que não faço gols. Estou bem tranquilo, o importante é que estou tentando fazer o melhor em campo. Estou bem tranquilo no lado pessoal”, afirmou.
A dificuldade para superar os goleiros adversários levou Tardelli a chorar quando marcou por duas vezes na vitória por 3 a 1 sobre o Guarani, no último dia 14, em Ipatinga. Ele estava há seis jogos sem balançar as redes. Na última rodada, ele voltou a passar em branco, na derrota por 2 a 0 para o Santos, na Vila Belmiro.
Diego Tardelli rechaça a opinião de que esteja atuando mais distante do gol adversário. “Isso é uma característica minha, não mudou muita coisa do ano passado para cá. No Campeonato Mineiro, tive outra função, mas no Brasileiro não. A fase que não está legal. A maioria dos meus gols sai dentro da área, ou criando a jogada”, comentou.
“Às vezes, quando vejo que a bola não está chegando, tento criar uma oportunidade para eu chegar ao gol. Quando saio da área é por causa disso. É difícil, a bola não chegar, ter resultados negativos, quero ajudar de alguma forma”, acrescentou.
Embora seja o artilheiro da equipe em 2010, Diego Tardelli ainda se vê distante das atuações que o levaram à artilharia do Campeonato Brasileiro de 2009, ao lado de Adriano, então no Flamengo. O atacante acompanha ainda a queda de rendimento de sua equipe em relação à última temporada. Enquanto no ano passado o Atlético chegou a brigar pelo título, agora luta contra o rebaixamento para a Série B.
Diante da situação incômoda no Brasileirão, o atacante, que é capitão da equipe, afirma que o discurso de reação tem de ser convertido na prática.
“A gente vem falando que se ganhasse do Inter poderia sair da zona, se ganhasse do Cruzeiro... Não adianta mais ficar falando. Vamos nos unir, chamar cada jogador para conversar e saber que a cada rodada está ficando mais difícil para gente. Então, a gente tem de ter consciência, não ficar mais prometendo nada, deixem as coisas acontecerem dentro de campo”, observou.

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