quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Crises de Atlético-MG, Grêmio e São Paulo passam por 'baciada' ineficaz de reforços 25/08/2010 - 07h00


Fernandão, Diego Souza e Borges chegaram, mas não resolveram os problemas

Carlos Padeiro*
Em São Paulo

Clubes de expressão no futebol brasileiro, Atlético-MG, São Paulo e Grêmio chegam à 16ª rodada do Campeonato Brasileiro, neste meio de semana, em posições desconfortáveis e diante de crises difíceis de serem superadas.
A solução imediata foi trocar de comando nos casos do time paulista e gaúcho. Embora os dirigentes tenham receio de assumir as falhas de administração, um dos motivos para explicar a má fase é o excesso de contratações que surtiram pouco efeito.
TITULARES RESERVAS JÁ SAÍRAM
ATLÉTICO-MG
21 reforços Fábio Costa, Diego Macedo, Leandro, Cáceres, Lima, Réver e Diego Souza Jairo Campos, Fernandinho, Zé Luís, Daniel Carvalho, Nikão, Méndez, Jheimy, Jackson, Ricardo Bueno, Rafael Cruz, Neto Berola e Obina Muriqui e Marcelo (afastado)
GRÊMIO
16 reforços
(Gilson, Vilson e Gabriel ainda não estrearam)
Edilson, Douglas e Borges André Lima, Ozeia, Uendel, Henrique, Ferdinando e Leandro Rodrigo, Hugo, William e Maurício
SÃO PAULO
14 reforços Alex Silva, Rodrigo Souto, Fernandão e Ricardo Oliveira Xandão, Cleber Santana, Thiago Carleto, Carlinhos Paraíba, Fernandinho e Samuel Andre Luis, Cicinho, Léo Lima e Marcelinho Paraíba
Em 2010, o Atlético-MG, que banca Vanderlei Luxemburgo no comando apesar da incômoda 18º colocação no Nacional (13 pontos em 45 disputados), adquiriu 21 reforços. O Grêmio aparece na sequência, com 16 contratações, enquanto o São Paulo realizou 14.
“Não tem isso de erro de planejamento, não tem crise no Atlético. O time é bom, contratamos reforços que todos os times do Brasil queriam, a comissão técnica é a melhor do país, o trabalho está sendo feito, e muito bem feito. Não tem crise, agora só faltam os resultados, que vão aparecer. Com este planejamento não tem como dar errado”, decretou o presidente Alexandre Kalil.
Apesar do título estadual em maio, a equipe de Belo Horizonte mudou radicalmente o elenco para o Brasileiro. Luxemburgo já afirmou que o trabalho terá resultados na próxima temporada, discurso adotado anteriormente em Santos e Palmeiras, onde o técnico fracassou em competições de maior expressão.
Exemplo de administração?
Tido como modelo de gestão para os demais clubes do Brasil, o São Paulo vive a sua pior fase desde 2004, ano que antecipou a série de títulos importantes que durou até 2008. A diretoria resolveu abrir o cofre e contratou aos montes. Boa parte dos reforços, porém, foi pouco aproveitada – prova disso é que quatro atletas que chegaram ao Morumbi no início da temporada já saíram.
“Assim como conseguimos boas respostas de alguns contratados, com outros não ocorreu o mesmo. É uma questão que não dá pra explicar. Pode ser inadequação, falta de afinidade com clube, técnico e companheiros e até acomodação em alguns casos. E o São Paulo oferece uma excelente estrutura de trabalho, paga em dia, mas futebol é assim”, justificou o vice-presidente de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva.
Lesões atrapalharam
No Grêmio e no Atlético-MG, o infortúnio prejudicou. Aquisições de peso sofreram lesões graves, casos de Obina e Daniel Carvalho, no Galo, e Leandro, no tricolor gaúcho.
No Olímpico, o tempo virou o principal adversário após a chegada de Renato Gaúcho. "O problema do futebol é que não temos tempo para corrigir e acertar tudo. Em um momento que o resultado não aparece, o time sente bastante. Às vezes, as coisas não dão certo. Cometemos erros, digamos, infantis, e no futebol de hoje isso é imperdoável", lamentou o treinador.
“As coisas não vão acontecer da noite para o dia porque não temos muito tempo para trabalhar. Sabemos das condições do Grêmio. Sempre tentamos melhorar alguma coisa. Vamos minimizar os erros para seguir crescendo na competição”, opinou o zagueiro Rafael Marques.
*No quadro, a reportagem do UOL Esporte adotou como padrão para definir titulares e reservas reforços que chegaram, conquistaram a vaga e tiveram uma sequência, embora em algus casos jogadores tenham ficado na reserva. Colaboraram as Redações de Belo Horizonte e Porto Alegre.

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