
Maior reforço do ano no Atlético-MG fala sobre Palmeiras, seleção e futuro
Meia Diego Souza, do Atlético-MG
(Foto: Bruno Cantini / site oficial do Atlético-MG)
Por Marco Antônio Astoni atibaia
O meia Diego Souza foi a grande contratação do Atlético-MG nesta parada do Campeonato Brasileiro para a disputa da Copa do Mundo da África do Sul. Afastado pela diretoria do Palmeiras e cobiçado por grandes clubes do Brasil e do exterior, entre eles Cruzeiro, Corinthians e Sporting Lisboa de Portugal, o meia acertou com o Galo e foi recebido com festa pela torcida em Belo Horizonte.
Em Atibaia, no interior de São Paulo, onde o grupo alvinegro realiza a intertemporada, Diego Souza conversou com exclusividade com o GLOBOESPORTE.COM. O jogador falou sobre Palmeiras, seleção brasileira e, claro, sobre o time que o Galo está montando para o segundo semestre.
GE.COM - Vai ter um gosto especial enfrentar o Palmeiras?
Diego Souza - Não, não, nada de gosto especial. Tive uma passagem maravilhosa pelo Palmeiras e só tenho a agradecer ao clube, porque foram pessoas maravilhosas comigo. Tem um grupo de jogadores de muita qualidade. Vou enfrentar o Palmeiras, sem dúvida nenhuma, para vencer o jogo, porque sempre fui muito profissional quanto a isso e almejo o título. Como o Palmeiras é uma equipe que vai brigar pelo título também, vencê-los é dar um passo importante. Eu vou entrar muito consciente, muito focado, mas não tem nada disso de gosto especial.
Vida nova pela frente agora no Galo?
É verdade, a expectativa era grande para acertar. Eu já vinha parado há algum tempo e consegui esse acerto, até porque o Atlético-MG vem formando uma equipe muito forte, com um elenco bom. E isso são pontos positivos para você parar e pensar na equipe grande que você chega.
Como está a briga por vagas no time do Atlético?
Isso é bom. É como eu disse, o elenco é muito bom, então vai haver essa briga mesmo. E eu ainda estou entrando em forma, procurando estar à disposição o mais rapidamente possível para brigar por uma vaga neste time.
Como está sendo trabalhar com o técnico Vanderlei Luxemburgo novamente?
Maravilhoso. Trabalhei quase dois anos com o Luxemburgo no Palmeiras, e foi maravilhoso o trabalho. Aprendi muito, cresci muito e trabalhar com ele mais uma vez vai ser muito bom. Até porque ele já me conhece e já sabe onde eu gosto de atuar e onde eu posso render mais.
O Atlético-MG hoje é o 17º colocado do Brasileirão. Qual é o tom da conversa entre atletas e comissão técnica em relação ao planejamento e às projeções para a competição?
Olha, quando se fala de Vanderlei Luxemburgo e de Atlético-MG, o pensamento é de título em qualquer competição que for disputar. O nosso pensamento é esse, o campeonato para nós vai começar agora. Estamos em 17º, mas vai tudo começar a pegar fogo agora. É jogo em cima de jogo. Você consegue duas, três vitórias seguidas e já se aproxima do pelotão da frente, porque o campeonato é muito nivelado e muito difícil. Duas ou três vitórias te dão confiança e te fazem melhorar para frente.
Vamos falar de seleção. Não podemos negar que seus problemas no Palmeiras dificultaram sua ida para a Copa do Mundo. Como você viu a participação do Brasil na Copa? O que faltou para a seleção levar o hexa?
Olha, a equipe do Brasil vinha jogando bem, vinha jogando um futebol seguro, compacto. Não vinha jogando bonito, mas jogava igual a todo mundo. E o Brasil nunca foi igual a todo mundo. Sempre teve seu diferencial, mas este ano ficou tudo em cima do Robinho e do Kaká. O Kaká realmente não estava 100%, mas, mesmo assim, ainda rendeu bem, deu muitos passes, procurou se movimentar. Creio que o Brasil levou um pouco de azar naquele jogo contra a Holanda. Mas agora não podemos fazer mais nada, só lamentar. Eu mesmo, que tenho o sonho de disputar uma Copa do Mundo, vou procurar me aperfeiçoar a cada dia que passa para estar no grupo de 2014 e, quem sabe, buscar esse hexa.
O que você está mudando pra deixar a fama de jogador estourado e de cabeça quente para trás?
Eu sempre fui muito assim: quero vencer, quero vencer, quero vencer. Eu entro em campo realmente com o pensamento de que adversário é adversário e eu tenho que buscar os três pontos. Até por isso eu acabo discutindo e brigando. É o meu jeito e eu não posso mudar, senão eu não consigo render o esperado. Claro que tem quer ter cautela em algumas situações. A gente vai tirando lição disso. A gente erra, mas não pode deixar passar dessa maneira. A gente tem que errar e tirar proveito pra não repetir o erro, porque se você repetir o erro já vira burrice. Você vai aprendendo com o futebol e com a vida.
Você teve um problema com o Fabrício, volante do Cruzeiro, na última vez em que se enfrentaram. Agora, no principal clássico mineiro, como vai ser o reencontro entre vocês?
Não tive problema nenhum com ele. Ele que falou algumas coisas que não deveria ter falado. Aconteceu de a minha mão bater no rosto dele, e ele ficou reclamando muito disso. Eu acabei ficando fora de um jogo importante, em uma fase crescente do Palmeiras. Era um jogo até pra buscar o título. Mas não ficou nenhuma mágoa. Não tem nenhuma situação que vá acontecer diferente do futebol dentro de campo quando a gente jogar contra novamente.
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