Ludymilla Sá - Estado de Minas
Alheio à turbulência administrativa, o Atlético tenta se manter ligado exclusivamente no confronto contra o líder, Palmeiras, hoje, às 16h, no Parque Antártica, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Galo precisa somar pontos para se distanciar da ameaça do rebaixamento, pois o resultado não altera sua posição na classificação. Um triunfo, porém, seria muito bem-vindo, pelo menos, para minimizar a crise na qual está afundado o clube no ano de seu centenário.
A certeza no alvinegro é de que a tarefa não será das mais fáceis. Os números do adversário falam por si e, dificilmente, vão contrariar qualquer prognóstico. O time paulista é considerado o favorito no confronto, também pelo fato de jogar em casa, onde já marcou 29 gols na atual competição. Ao todo, foram 43. Já o Galo, se sair vitorioso, certamente será considerado zebra.
O comando das equipes também ganha peso significativo. O técnico atleticano, Marcelo Oliveira, é cria do clube, um boleiro nato. Dedicou quase a vida inteira ao Atlético, como jogador, treinador das categorias de base e até interino no profissional nos momentos de maior pressão. Ganhou sua chance definitiva quando Alexandre Gallo foi demitido. Já na direção palmeirense está Vanderlei Luxemburgo, apontado como um dos melhores do país e grande estrategista.
“O Vanderlei tem longa experiência e foi se fortalecendo ao longo da carreira. Teve condição de planejar o seu trabalho este ano, todo voltado para a conquista do título, diferentemente do que aconteceu no Atlético. O meu trabalho é recente, peguei um grupo já formado e tento fazer o melhor possível. Estamos numa posição melhor no campeonato, mas bem longe ainda do ideal”, admite Marcelo Oliveira.
Hoje, ele aposta numa equipe mais ofensiva, com Jael no ataque ao lado de Marques, com Renan Oliveira jogando um pouco mais recuado, na vaga antes ocupada por Lenílson, e tendo a obrigação de armar as jogadas. A idéia é promover um revezamento entre ele e Marques no decorrer da partida. Jael ficará mais fixo na área.
ARMA DOS CONTRA-ATAQUES
Marcelo Oliveira não esconde que o Atlético será obrigado a se valer dos contra-ataques. “Precisamos ter a humildade de marcar bem todos os jogadores do Palmeiras, os laterais, os armadores e os atacantes, mas com personalidade para jogar também, para contra-atacar. É uma boa jogada, mas temos de ser velozes, por isso temos o Marques e o Renan Oliveira.”
O responsável pelo primeiro combate ao ataque do Verdão será o volante Serginho. O jogador ganha nova função com a suspensão de Rafael Miranda pelo terceiro cartão amarelo. Ele jogará mais recuado, com a obrigação exclusiva de marcar, dando proteção à zaga. Desta forma, o volante Élton, de volta, terá mais liberdade para avançar pelo lado esquerdo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário