quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Entrevista / Alexandre Kalil (30/10)

Estado de Minas

Apontado por vários setores alvinegros como favorito a vencer as eleições de hoje, até por ser o único dos candidatos com experiência na administração do clube, o empresário Alexandre Kalil tem como principal objetivo, se for confirmado nas urnas, “resgatar a instituição Atlético”. Para ele, sob seu comando, o Galo voltará a ter o devido respeito nacional e internacional. Nem mesmo os problemas financeiros são capazes de arrefecer seu discurso otimista: “Não somos piores do que ninguém. Se o Atlético é deficitário, os outros também são. E se outros montam boas equipes e disputam títulos, nós também podemos”, afirma, em entrevista ao Estado de Minas.
‘Braços abertos e cofres fechados’
Caso eleito, qual será sua primeira medida, na manhã seguinte?Vou chamar meu estafe, as pessoas que têm me ajudado, para uma reunião com os diretores financeiro e de pessoal do Atlético. Precisamos tomar ciência dos números do clube, de tudo o que temos a receber e a pagar, saber exatamente qual a situação de caixa. Aí, poderemos começar a administrar. Uma coisa que vamos fazer é criar a diretoria de planejamento e gestão, para arrecadar mais e gastar menos.
Você já disse que o saneamento atleticano passa pelo futebol. Promete um time forte para a torcida?Não podemos prometer nada. Se aparecerem investidores, pode ser. Já surgiram algumas consultas, mas nada oficial.
Quem vai dirigir o futebol?Até o fim do ano, serei eu, até porque não há muito o que fazer, não podemos contratar ninguém. Depois, vamos ver. Vou olhar com carinho o comportamento, a disciplina e a técnica dos atuais jogadores. Boa parte do grupo deve ser aproveitada. Também teremos atenção especial com a base, que tem revelado bons atletas. É só olhar quantos foram para a Europa nos últimos dois anos. Temos é de negociar bem as revelações.
Construir estádio está em seus planos?Não tenho como planejar isso no momento. Mas, se aparecer um grupo interessado, vamos ouvir. O que posso dizer é que estamos de braços abertos e cofres fechados para as propostas.
Quais os planos para o patrimônio do clube?Na minha gestão, o patrimônio do Atlético é intocável. Não vamos vender nada, arrendar nada, a não ser que apareça uma proposta muito boa, que cause clamor na torcida.
Gostaria de deixar um recado para os atleticanos?Independentemente do resultado da eleição, posso dizer que esses foram os 15 dias mais felizes de minha vida no Atlético. Não mensurava o tamanho do carinho que a torcida tem por mim. O apoio que recebi foi gratificante.

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