domingo, 26 de outubro de 2008

Tempos distintos (26/10)

Ludymilla Sá - Estado de Minas

Apesar de pequena, a torcida foi vibrante no Mineirão. Mas o Atlético não correspondeu como deveria diante do Internacional. Fez um jogo de tempos distintos, marcado também pela alternância no placar. O Galo saiu na frente, viu o time gaúcho marcar dois gols e, pelo menos, teve personalidade para empatar no fim. Com o empate por 2 a 2, pela 31ª rodada, foi ultrapassado pelo Santos, caindo uma posição, de 12º para 13º, na classificação do Campeonato Brasileiro.

Aguerrido, o Galo partiu para cima do adversário e em três contra-ataques seguidos, que levaram a torcida ao delírio no primeiro tempo. Logo depois da saída de bola, Márcio Araújo tabelou com Renan Oliveira pelo meio, mas o armador chutou nas mãos do goleiro Lauro. Logo em seguida, Serginho conduziu a bola pela esquerda e desperdiçou bela oportunidade, cruzando por cima do travessão.

Não demorou muito, porém, para o Galo abrir o marcador. Marques conseguiu se desvencilhar da forte marcação de Magrão e, pela esquerda, lançou para Castillo, de primeira, chutar no canto esquerdo, sem chances de defesa para Lauro.

O Galo ainda poderia ter ampliado e garantido a vitória ainda no primeiro tempo. Teve mais quatro chances claras de gol, duas delas com Renan Oliveira e uma com César Prates, que chutaram rasteiro para fora. Na última, Castillo entrou sozinho na área, mas chutou sem perigo e Lauro defendeu.

Em seguida, Taison quase empatou. E teria sido humilhante, não fosse o chute fraco do jogador do Colorado, pois havia pelo menos cinco atleticanos na proteção. Ainda assim, ele conseguiu furar o bloqueio para tentar a igualdade com uma finalização meio sem jeito. A bola saiu, para alívio alvinegro.

INSTABILIDADE

Tudo caminhava bem, do jeito que todo atleticano desejava, até Vinícius sair de campo machucado no primeiro minuto de acréscimo do primeiro tempo. A zaga voltou para o segundo tempo muito instável e, com a saída de Marques, também machucado, o Galo perdeu significativamente qualidade ofensiva. O meio-campo também voltou do vestiário totalmente desarticulado. Foi presa fácil para o Inter, que rapidamente arrancou o empate, depois de uma imprudência de César Prates. O lateral cometeu falta em Marcão dentro da área. Alex cobrou muito bem o pênalti e deixou tudo igual no estádio da Pampulha.

Depois foi a vez de Juninho falhar. O goleiro perdeu o tempo de bola, quando Alex cobrou falta da esquerda. Sandro aproveitou e mandou para o fundo das redes. Por alguns segundos, a massa gritou o nome do técnico Tite, antes apontado como um dos principais culpados pela queda do Atlético para a Série B, em 2005. Mas logo Pedro Paulo, que entrou no lugar de Marques, trouxe a torcida, outra vez, para o lado do Galo. Com personalidade, o atacante que veio das divisões de base dominou a bola, encarou três marcadores e chutou para o fundo das redes.

Pelo que o Galo apresentava, a torcida contava os minutos para o apito final. Mais ainda depois de outra falha de Juninho. O goleiro espalmou chute forte de D’Alessandro nos pés de Nilmar, que estava impedido, para alívio alvinegro.


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