Galo e Raposa já tentaram quase tudo, mas nada adiantou por enquanto: pela primeira vez na era dos pontos corridos, os dois ocupam juntos a parte de baixo da tabela após 15 rodadas
Eugênio Moreira - Estado de Minas
Publicação:10/08/2011 07:00
O futebol mineiro é a grande decepção das 15 rodadas iniciais do Campeonato Brasileiro de 2011. Nem Cruzeiro, apontado como um dos favoritos ao título, nem Atlético, que fez grandes investimentos, nem o América, de volta à Série A depois de 10 anos, estão correspondendo à expectativa e à tradição mineira na competição. O trio está na metade de baixo da tabela de classificação. Nas últimas três rodadas, conseguiu apenas uma vitória: a do Coelho sobre o Fluminense domingo, na Arena do Jacaré.
Na era do Brasileiro por pontos corridos, pela primeira vez cruzeirenses e atleticanos têm trajetória tão ruim simultaneamente. Geralmente, quando um está por baixo, o outro faz boa campanha. O ano em que a situação mais se aproximou da atual, comparando-se as 15 rodadas iniciais das edições anteriores, foi 2005: nessa altura da competição, a Raposa era 10ª colocada, a oito pontos do líder, enquanto o Galo, que acabaria rebaixado, ocupava a 20ª posição, com metade da pontuação celeste
Separadamente, a campanha do Cruzeiro é a segunda pior desde 2003 nas primeiras 15 rodadas. Apenas em 2009 a equipe estave em pior posição, com um ponto a menos do que agora. Naquele ano, sob o comando de Adílson Batista, o time dividia as atenções com a reta final da Libertadores, mas acabou se recuperando no returno do Brasileiro e conseguiu terminar em quarto lugar, com vaga na competição sul-americana de 2010.
Já o Atlético viveu situações bem piores em edições anteriores, como em 2004 e 2005, quando o número de participantes era maior (24 e 22, respectivamente). Nos dois anos, o time não se recuperou e brigou para fugir do descenso até o fim, sendo rebaixado no segundo. Em 2010, a posição na 15ª rodada também era pior do que a atual.
PROVIDÊNCIAS Ambas as equipes têm feito de tudo para sair da incômoda situação. Já trocaram de treinador (Cuca por Joel Santana no Cruzeiro; Dorival Júnior por Cuca no Atlético); reforços não param de chegar à Toca da Raposa e à Cidade do Galo. O último foi o atacante Wellington Paulista, desde ontem de volta ao CT celeste.
Outra medida conjunta adotada pelos dois clubes foi a fuga da Arena do Jacaré. O Galo já levou três jogos para o Ipatingão, dos quais só conseguiu vencer um, tendo perdido os outros dois. A Raposa vai jogar no Parque do Sabiá, em Uberlândia, a partir de sábado, contra o Avaí. As alegações para a mudança são diversas, mas, na verdade, os times fogem da pressão no estádio de Sete Lagoas, onde os torcedores ficam muito próximos do túnel e os técnicos, diante do mau futebol, não têm sossego para trabalhar à beira do campo.
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