domingo, 28 de agosto de 2011

Os coadjuvantes podem decidir no Atlético-MG e Cruzeiro


Daniel Carvalho e Roger são armas de Atlético-MG e Cruzeiro no clássico
Daniel Carvalho, do Atlético, e Roger, do Cruzeiro, não tem o status de principal estrela de sua equipe, mas podem brilhar se forem esquecidos pela marcação
LANCEPRESS!
Publicada em 28/08/2011 às 08:10
Belo Horizonte
Daniel Carvalho e Roger não têm em comum apenas a posição no meio de campo e o fato de serem canhotos. Os dois jogadores também não são considerados protagonistas em Atlético e Cruzeiro, respectivamente, para a partida de hoje, em Sete Lagoas, na Arena do Jacaré, às 18h.
O atacante André, pelo Galo, e o armador Walter Montillo, pela Raposa, são os principais candidatos a heróis no clássico que fecha o primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Como a atenção dos marcadores deve estar centralizada nos destaques de ambas equipes, a oportunidade de brilhar pode ficar com os coadjuvantes. Pela qualidade técnica demonstrada no passado e atualmente, Roger e Daniel Carvalho podem desequilibrar.
O meia atleticano tem confiança no seu potencial. O jogador ainda não conseguiu uma sequência de partidas em alto nível, mas tem consciência de que pode ser um diferencial para acabar com a série de cinco jogos sem vitória do Alvinegro. Daniel sequer dá importância para comentários maldosos sobre a sua forma física.
- Sei muito bem o que venho fazendo, sei dos números que apresento. Não tenho que dar bola para esses comentários. Criou um rótulo em cima de mim que, se eu jogar bem, vou estar magro. Se jogar mal, vou estar gordo – destacou o atleta do Galo.
Já Roger, que brilhou logo em seu primeiro clássico, sabe que o duelo entre Raposa e Galo envolve muitos fatores. O armador não considera que uma situação ruim do rival possa deixar o favoritismo no lado cruzeirense e lembra que Cuca é conhece as falhas e pontos fracos do time celeste.
- Temos que tratá-lo como um jogo diferente, independente da situação do Atlético. Temos que respeitá-los, lá tem jogadores de qualidade, um treinador (Cuca) que nos conhece bastante. Temos que respeitá-los – afirmou o jogador celeste.
A partir das 18h, em Sete Lagoas, a sorte estará lançada para Roger e Daniel Carvalho. Quem será o fator decisivo para que a sua equipe deixe a Arena do Jacaré com um resultado positivo?
Contusões atrapalharam sequência
Tanto Roger quanto Daniel Carvalho sofreram com as contusões durante sua estadia em Minas Gerais. Ambos chegaram em 2010 a Cruzeiro e Atlético e o departamento médico, infelizmente, é um setor dos clubes que eles conhecem muito bem.
Daniel Carvalho teve mais problemas que Roger nesse sentido. Os seis primeiros meses no Galo foram convivendo com diferentes lesões. No final da temporada passada, um problema no ombro esquerdo o forçou a passar por uma cirurgia. As contusões são apontadas como um fator para um desempenho abaixo do esperado em 2010.
- No ano passado, o que me prejudicou foram as lesões. Este ano, na minha opinião, acredito que fui bem individualmente – disse Daniel Carvalho.
Já Roger, nas últimas rodadas, tem atuado no sacrifício com uma contusão no tornozelo esquerdo. Vale tudo para ajudar sua equipe no Brasileirão.
Roger já foi herói no clássico
Em seu primeiro clássico e jogo de estreia com a camisa do Cruzeiro, o meia Roger brilhou. O jogador entrou na segunda etapa, no lugar de Gilberto, e marcou o terceiro gol da vitória cruzeirense sobre o Atlético. O jogo terminou 3 a 1 para os celestes na primeira fase de classificação do Campeonato Mineiro de 2010.
Na ocasião, Roger foi a loucura com o gol marcado e chegou a arrancar a cabeça do Raposão, mascote do Cruzeiro, para comemorar com a torcida.
Questionado se ele poderia ser herói novamente no clássico, o armador se esquivou e foi político na resposta.
- Sou candidato a fazer um bom jogo e ajudar a minha equipe – disse.
Daniel amargou reserva durante muito tempo no Galo
Apesar de estar previsto para ser titular no clássico, Daniel Carvalho não é uma unanimidade entre os onze iniciais do Atlético. O jogador já conviveu com três treinadores desde que chegou ao Galo, em maio de 2010: Vanderlei Luxemburgo, Dorival Júnior e Cuca. Com todos, o meia-atacante alternava entre alguns jogos entrando desde o início, sendo utilizado como suplente e algumas vezes ficou fora até dos relacionados.
O jogador possui 26 partidas pelo Alvinegro e marcou apenas dois gols. O retrospecto das partidas também não colabora com Daniel. Ele esteve presente em oito vitórias atleticanas, oito empates e dez derrotas.

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