sábado, 27 de agosto de 2011

A velha tática do mistério

Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:27/08/2011 07:00
Para ganhar um clássico as equipes costumam lançar mão de tudo o que é possível, ainda mais se estão em situação difícil, como o Atlético. Vale até mistério para tentar surpreender o adversário, e o técnico Cuca recorreu à velha fórmula. O treinador comandou atividade tática ontem à tarde longe da imprensa, só autorizada a entrar na Cidade do Galo 40 minutos depois. A estratégia deverá se repetir hoje pela manhã.
Os jogadores também se negaram a revelar detalhes. “Se o Cuca não abriu o treino para vocês é porque vem surpresa por aí. Tem de ser assim mesmo, isso pode fazer a diferença em um jogo tão importante, envolvendo tanta rivalidade”, argumentou o volante Richarlyson.
Um dos motivos de o treinador alvinegro não revelar a equipe é que ele aguarda o volante Dudu Cearense, que deixou o jogo com o Botafogo, terça-feira, devido a dor na coxa direita. Os exames não apontaram nenhuma lesão, mas ele continua em tratamento.
Outra dúvida é quanto à lateral-esquerda. Triguinho, contratado na sexta-feira da semana passada e que estreou um dia depois, pode começar jogando, apesar de admitir não ter condição de atuar os 90 minutos. Outra opção é manter o jovem Eron. Richarlyson pode ser improvisado, como diante do Corinthians, pela 17ª rodada. “Como já disse, estou aqui para ajudar o Atlético onde for preciso”, declarou.
EXPLICAÇÕES Ontem, Cuca explicou os motivos de ter afastado quatro jogadores – o lateral-esquerdo Guilherme Santos, o volante Toró e os armadores Wendell e Giovanni Augusto –, além de ter devolvido para a base o atacante Cláudio Leleu e o lateral Roger. Segundo ele, o grupo estava muito grande, o que atrapalha o trabalho. “Não tenho queixas de nenhum deles. É desagradável, mas tenho de pensar no clube. Eles vão jogar em outro lugar, enquanto os meninos seguirão na equipe júnior, vindo quando requisitarmos”, afirmou, sem descartar novas mudanças.

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