sábado, 27 de agosto de 2011

Drama continua: técnicos demitidos fazem sucesso fora do Atlético-MG 25/08/2011 11h31 - Atualizado em 25/08/2011 11h31

Dorival Júnior, Vanderlei Luxemburgo, Celso Roth e Marcelo Oliveira
brilham intensamente e conquistam títulos ao deixarem o clube mineiro
Por GLOBOESPORTE.COM
Belo Horizonte
O título da Recopa Sul-Americana foi para o Internacional, mas, bem longe do Rio Grande do Sul, outra torcida acompanhou a festa dos colorados com, no mínimo, alguma curiosidade. Os torcedores do Atlético-MG viram o técnico Dorival Júnior, que deixou o clube mineiro há 20 dias, levantar um troféu importante.
Detalhe: na passagem por Belo Horizonte, que durou pouco mais de dez meses, Dorival não conquistou nada. O caso do ex-treinador alvinegro é, na verdade, apenas mais um entre aqueles que, enquanto estavam no Galo, não conseguiram ser campeões, mas, fora do clube mineiro, reencontraram os títulos.
Dos cinco últimos treinadores do Atlético-MG, apenas Emerson Leão não conquistou bons resultados ao deixar a equipe alvinegra.
Do ‘projeto’ a Ronaldinho Gaúcho
Vanderlei Luxemburgo é outro exemplo. Em 2010, foi ele quem conduziu o Galo durante boa parte da temporada. O começo do “projeto” até vingou, com o título do Campeonato Mineiro. Mas a calmaria parou por ali. Nos torneios seguintes, Luxemburgo – e a torcida alvinegra – viveu um verdadeiro calvário. Na Copa do Brasil, eliminação nas oitavas de final, para o Grêmio Prudente.
No Brasileiro, o desespero para evitar o rebaixamento à segunda divisão foi evidente: das 24 rodadas sob o comando de Luxa, 18 foram na degola. A situação ficou insustentável, e Luxemburgo, aclamado pela torcida quando chegou a Belo Horizonte, deixou o Galo criticado e questionado.
Mas Luxemburgo foi para o Flamengo, já no fim da temporada passada. Este ano, porém, a maré de Luxa mudou. Já com o craque Ronaldinho Gaúcho no elenco, foi campeão carioca, vencendo a Taça Guanabara e a Taça Rio. No Brasileirão, o time da Gávea é vice-líder, atrás apenas do Corinthians. Luxemburgo ainda comanda o time em outra competição, a Copa Sul-Americana. Nessa quarta-feira, o time carioca eliminou o Atlético-PR, em plena Arena da Baixada.
A quase vaga e o título
Outro caso emblemático é o de Celso Roth, técnico do alvinegro no Brasileirão 2009. Com um time limitado tecnicamente e sem muitos jogadores de ponta, Roth fez uma campanha que, até novembro, poderia ser considerada impecável. Afinal de contas, após vários anos sem figurar na parte de cima da tabela, o Galo brigava no G-4 e por uma vaga na Taça Libertadores.
Tudo parecia certo, mas, a cinco rodadas do fim do Brasileirão, a boa campanha ficou para trás. Com cinco derrotas seguidas nos jogos finais, o time de Celso Roth, que chegou a liderar por oito rodadas, terminou em sétimo lugar. Pior do que perder a vaga na Libertadores, foi ver o maior rival, Cruzeiro, fazer o caminho inverso, ganhar posições e terminar em quatro lugar, com presença assegurada na Libertadores. O tropeço deu a Celso Roth uma passagem de saída de Minas Gerais.
No ano seguinte, em 2010, Celso Roth teve uma passagem rápida pelo Vasco e, em julho, deu início aos trabalhos no Internacional. O time já estava na disputa da Libertadores, a mesma que o Atlético-MG não havia conseguido a vaga, e a mesma que Roth, contra o Chivas Guadalajara, do México, sagrou-se campeão.

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