sábado, 27 de agosto de 2011

Desastres que se sucedem

A péssima performance do Atlético, que está sem vencer há cinco jogos, não é inédita.Há dois anos, perdeu a chance do título devido a maus resultados nas últimas rodadas
Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:22/08/2011 07:00
Com cinco derrotas nos últimos cinco jogos, o Atlético trabalha para não superar sua pior sequência nos últimos anos, obtida na reta final do Campeonato Brasileiro de 2009, quando perdeu os últimos cinco compromissos, deixando escapar não só a chance de brigar pelo título, mas também a vaga na Copa Libertadores, que era dada como certa. Na ocasião, os maus resultados provocaram a queda do técnico Celso Roth, que havia feito bom trabalho, comandando um time com muitos jogadores “operários”, como Jonílson, Carlos Alberto e Márcio Araújo.
Dos cinco reveses, o técnico Cuca esteve à frente de quatro, mas não pode ser responsabilizado pela má fase, pois os jogos duas vezes por semana o impedem de pôr em prática seus métodos de treinamento. De qualquer forma, a pressão está grande, pois o time está na antepenúltima posição no Nacional e precisa vencer o Botafogo, amanhã, no Engenhão por 2 a 0 ou por um gol de diferença, desde que faça mais de três gols, para avançar à segunda fase da Copa Sul-Americana – no jogo de ida, em Ipatinga, o time carioca venceu por 2 a 1.
Desde que assumiu o Atlético no dia 9 deste mês, quando dirigiu o primeiro treino na equipe mineira, o técnico Cuca não teve uma semana livre para trabalhar. Depois da quarta derrota já sob sua direção, o treinador disse que ainda não conseguiu implantar sua filosofia no clube alvinegro, e admitiu dificuldade para fazer o grupo reagir.
Assim, o torcedor não deve ficar esperançoso para o jogo pela competição internacional, pois no último compromisso, sábado, o Galo foi derrotado justamente pela equipe da estrela solitária por 3 a 1, pela 18ª rodada do Brasileiro. “Ainda não tive tempo para trabalhar, tem sempre viagem, jogo. Ainda não pus a mão como pretendo pôr. Estamos tentando administrar. É uma fase de transição, a equipe se abate muito facilmente, não está com a força ideal devido a diversos fatores”, argumenta o treinador. “Um deles é que temos escalado jogadores que não estavam com ritmo de jogo.”
Desfalques Os problemas vão continuar no jogo de amanhã, pois Cuca não poderá contar com o volante Pierre e com o lateral-esquerdo Triguinho, que estreararam sábado, nem com o armador Bernard, titular desde sua chegada, que não estão inscritos na competição. Para completar, o atacante André, que marcou o gol de honra no sábado, é dúvida por ter reclamado de pancada no tornozelo esquerdo, o mesmo que o impediu de enfrentar o Corinthians, quarta-feira, no Ipatingão.
Por outro lado, o zagueiro Réver, que cumpriu suspensão na última partida, chegou ontem ao Rio e treinou com o grupo no CFZ, sendo opção para o jogo de amanhã. Como não tem muitas opções, o treinador deve mandar a campo o que tem de melhor.

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